Professores de educação física da rede municipal de ensino de Parauapebas participam hoje, quarta-feira (27), de um curso de capacitação sobre Cuidado com o Coração e Reanimação Cardíaca. O curso acontece pela manhã e à tarde no Centro Universitário de Parauapebas (CEUP) e faz da programação da Semana Municipal do Coração, que começou na última segunda-feira (25) e segue até esta sexta-feira (30).
A programação, organizada pela Rede de Atenção à Saúde da Pessoa com Doenças Crônicas (DCNT), tem por objetivo orientar e prevenir a população contra doenças cardiovasculares. Estão sendo realizadas diversas ações como orientações com profissionais da Saúde, capacitações, testes rápidos, vacinação, atendimentos odontológicos, entre outras.
As doenças cardiovasculares são líderes de mortes no Brasil. Elas representam 29% dos óbitos e, somente no mês de janeiro de 2017, foram responsáveis por mais de 30 mil mortes.
Leia mais:No ano passado, segundo o Cardiômetro da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), foram 349.938 mortes estimadas. As doenças do coração matam duas vezes mais que todos os tipos de câncer, 2,5 vezes mais que os acidentes e mortes decorrentes por violência e seis vezes mais que as infecções, incluídas as mortes por Aids.
O Cardiômetro é uma ferramenta de alerta da SBC que registra, momento a momento, qual o número de mortes causadas por doenças do coração no País. Os dados fundamentam debates para que especialistas encontrem estratégias para melhorar a prevenção cardiovascular.
As doenças cardiovasculares são todas as doenças do coração e sistema sanguíneo (artérias, veias e vasos capilares). Geralmente são provocadas pela acumulação, durante anos, de gordura na parede dos vasos sanguíneos.
As doenças cardiovasculares mais frequentes são o enfarte do miocárdio, angina de peito, acidente vascular cerebral, hipertensão arterial e aterosclerose. Há alguns sintomas que sugerem ao médico doença cardíaca, principalmente nos idosos, como: dificuldade em respirar, mesmo em repouso; sensação de aperto no peito, que pode irradiar até o pescoço ou braço esquerdo durante o exercício físico; alterações do ritmo cardíaco e pernas inchadas.
O tratamento é feito com medicação, que vai diminuir o esforço e aumentar a força do músculo cardíaco e, consequentemente, baixar a pressão arterial. Segundo a enfermeira Silvana Manito, coordenadora da Rede de Atenção da Pessoa com Doenças Crônicas as Secretaria Municipal de Saúde de Parauapebas, o Ministério da Saúde (MS) recomenda que as pessoas adotem hábitos saudáveis para tentar se prevenir contra doenças cardiovasculares, como alimentação rica em fibras e pobres em gordura e sal, assim como manter atividade física regular e fazer o controle de peso.
Diante da crise, que reduziu o poder aquisitivo do brasileiro, a enfermeira observa que as novas diretrizes de alimentação saudável orientam a fazer a adequação regionalizada dos alimentos, ou seja, adequar a alimentação aos alimentos que são disponíveis naquela região.
“A gente monta cardápio alimentar para a pessoa com base naquilo que ela tem disponível, aproveitando frutas e legumes comuns onde ele está morando e que não custam caro”, ressalta a enfermeira.
Ela garante que Parauapebas tem disponível na rede pública de saúde profissionais especializados em doenças cardiovasculares, mas reconhece que ainda há deficiência na rede de atendimento, mas afirma que já está sendo trabalhada essa área visando melhorar o socorro a quem chega às casas de saúde apresentado problemas cardíacos.
“Nós já temos UTI, o Serviço Móvel de Urgência, uma UPA e uma policlínica, para prestar esse atendimento”, diz a coordenadora, aconselhando as pessoas a fazerem consultas preventivas porque o coração muitas vezes não dá sintomas prévios antes de um infarto.
Medidas de prevenção
Com índices de mortalidade cada vez mais elevados, as doenças cardiovasculares chamam a atenção para a importância de se adotar medidas de prevenção e controle dos fatores de risco que causam essas doenças, tais como hipertensão, diabetes, colesterol elevado, tabagismo, etilismo, estresse, obesidade e sedentarismo. Para tentar diminuir esses fatores de riscos, os especialistas aconselham as pessoas a manter uma dieta saudável (pobre em gorduras e em sal e rica em frutas e verduras), praticar exercícios físicos e evitar o estresse.
Fatores de risco
Fumo – O risco de um ataque cardíaco em um fumante é duas vezes maior do que em um não fumante. O fumante de cigarros tem chances duas a quatro vezes maiores de morrer subitamente do que um não fumante. Os fumantes passivos também têm o risco de um ataque cardíaco aumentado.
Colesterol elevado: Os riscos de doença do coração aumentam na medida que os níveis de colesterol estão mais elevados no sangue. Junto a outros fatores de risco – como pressão arterial elevada e fumo – esse risco é ainda maior. Esse fator de risco é agravado pela idade e tipo de alimentação.
Pressão arterial elevada – Para manter a pressão elevada, o coração realiza um trabalho maior, com isso vai hipertrofiando o músculo cardíaco, que se dilata e fica mais fraco com o tempo, aumentando os riscos de um ataque. A elevação da pressão também aumenta o risco de um acidente vascular cerebral, de lesão nos rins e de insuficiência cardíaca. O risco de um ataque num hipertenso aumenta várias vezes, junto com o cigarro, o diabete, a obesidade e o colesterol elevado.
Vida sedentária – A falta de atividade física é outro fator de risco para doença das coronárias. Exercícios físicos regulares, moderados a vigorosos têm um importante papel em evitar doenças cardiovasculares. Mesmo os exercícios moderados, desde que feitos com regularidade, são benéficos, contudo os mais intensos são mais indicados. A atividade física também previne a obesidade, a hipertensão, o diabete e abaixa o colesterol.
Obesidade – O excesso de peso tem uma maior probabilidade de provocar um acidente vascular cerebral ou doença cardíaca, mesmo na ausência de outros fatores de risco. A obesidade exige um maior esforço do coração, além de estar relacionada com doença das coronárias, pressão arterial, colesterol elevado e diabete.
Diabetes – O diabete é um sério fator de risco para doença cardiovascular. Mesmo se o açúcar no sangue estiver sob controle, o diabete aumenta significativamente o risco de doença cardiovascular e cerebral. Dois terços das pessoas com diabete morrem de complicações cardíacas ou cerebrais. Na presença do diabete, os outros fatores de risco se tornam mais significativos e ameaçadores.
Idade – Quatro entre cinco pessoas acometidas de doenças cardiovasculares estão acima dos 65 anos. A partir dos 40 anos deve haver realização de exames periódicos de saúde.
Histórico familiar: As pessoas com antecedentes familiares devem começar a se prevenir mais cedo, pois filhos de pessoas com doenças cardiovasculares têm uma maior propensão para desenvolverem essas patologias. (Tina Santos – com a colaboração de Ronaldo Modesto)
Professores de educação física da rede municipal de ensino de Parauapebas participam hoje, quarta-feira (27), de um curso de capacitação sobre Cuidado com o Coração e Reanimação Cardíaca. O curso acontece pela manhã e à tarde no Centro Universitário de Parauapebas (CEUP) e faz da programação da Semana Municipal do Coração, que começou na última segunda-feira (25) e segue até esta sexta-feira (30).
A programação, organizada pela Rede de Atenção à Saúde da Pessoa com Doenças Crônicas (DCNT), tem por objetivo orientar e prevenir a população contra doenças cardiovasculares. Estão sendo realizadas diversas ações como orientações com profissionais da Saúde, capacitações, testes rápidos, vacinação, atendimentos odontológicos, entre outras.
As doenças cardiovasculares são líderes de mortes no Brasil. Elas representam 29% dos óbitos e, somente no mês de janeiro de 2017, foram responsáveis por mais de 30 mil mortes.
No ano passado, segundo o Cardiômetro da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), foram 349.938 mortes estimadas. As doenças do coração matam duas vezes mais que todos os tipos de câncer, 2,5 vezes mais que os acidentes e mortes decorrentes por violência e seis vezes mais que as infecções, incluídas as mortes por Aids.
O Cardiômetro é uma ferramenta de alerta da SBC que registra, momento a momento, qual o número de mortes causadas por doenças do coração no País. Os dados fundamentam debates para que especialistas encontrem estratégias para melhorar a prevenção cardiovascular.
As doenças cardiovasculares são todas as doenças do coração e sistema sanguíneo (artérias, veias e vasos capilares). Geralmente são provocadas pela acumulação, durante anos, de gordura na parede dos vasos sanguíneos.
As doenças cardiovasculares mais frequentes são o enfarte do miocárdio, angina de peito, acidente vascular cerebral, hipertensão arterial e aterosclerose. Há alguns sintomas que sugerem ao médico doença cardíaca, principalmente nos idosos, como: dificuldade em respirar, mesmo em repouso; sensação de aperto no peito, que pode irradiar até o pescoço ou braço esquerdo durante o exercício físico; alterações do ritmo cardíaco e pernas inchadas.
O tratamento é feito com medicação, que vai diminuir o esforço e aumentar a força do músculo cardíaco e, consequentemente, baixar a pressão arterial. Segundo a enfermeira Silvana Manito, coordenadora da Rede de Atenção da Pessoa com Doenças Crônicas as Secretaria Municipal de Saúde de Parauapebas, o Ministério da Saúde (MS) recomenda que as pessoas adotem hábitos saudáveis para tentar se prevenir contra doenças cardiovasculares, como alimentação rica em fibras e pobres em gordura e sal, assim como manter atividade física regular e fazer o controle de peso.
Diante da crise, que reduziu o poder aquisitivo do brasileiro, a enfermeira observa que as novas diretrizes de alimentação saudável orientam a fazer a adequação regionalizada dos alimentos, ou seja, adequar a alimentação aos alimentos que são disponíveis naquela região.
“A gente monta cardápio alimentar para a pessoa com base naquilo que ela tem disponível, aproveitando frutas e legumes comuns onde ele está morando e que não custam caro”, ressalta a enfermeira.
Ela garante que Parauapebas tem disponível na rede pública de saúde profissionais especializados em doenças cardiovasculares, mas reconhece que ainda há deficiência na rede de atendimento, mas afirma que já está sendo trabalhada essa área visando melhorar o socorro a quem chega às casas de saúde apresentado problemas cardíacos.
“Nós já temos UTI, o Serviço Móvel de Urgência, uma UPA e uma policlínica, para prestar esse atendimento”, diz a coordenadora, aconselhando as pessoas a fazerem consultas preventivas porque o coração muitas vezes não dá sintomas prévios antes de um infarto.
Medidas de prevenção
Com índices de mortalidade cada vez mais elevados, as doenças cardiovasculares chamam a atenção para a importância de se adotar medidas de prevenção e controle dos fatores de risco que causam essas doenças, tais como hipertensão, diabetes, colesterol elevado, tabagismo, etilismo, estresse, obesidade e sedentarismo. Para tentar diminuir esses fatores de riscos, os especialistas aconselham as pessoas a manter uma dieta saudável (pobre em gorduras e em sal e rica em frutas e verduras), praticar exercícios físicos e evitar o estresse.
Fatores de risco
Fumo – O risco de um ataque cardíaco em um fumante é duas vezes maior do que em um não fumante. O fumante de cigarros tem chances duas a quatro vezes maiores de morrer subitamente do que um não fumante. Os fumantes passivos também têm o risco de um ataque cardíaco aumentado.
Colesterol elevado: Os riscos de doença do coração aumentam na medida que os níveis de colesterol estão mais elevados no sangue. Junto a outros fatores de risco – como pressão arterial elevada e fumo – esse risco é ainda maior. Esse fator de risco é agravado pela idade e tipo de alimentação.
Pressão arterial elevada – Para manter a pressão elevada, o coração realiza um trabalho maior, com isso vai hipertrofiando o músculo cardíaco, que se dilata e fica mais fraco com o tempo, aumentando os riscos de um ataque. A elevação da pressão também aumenta o risco de um acidente vascular cerebral, de lesão nos rins e de insuficiência cardíaca. O risco de um ataque num hipertenso aumenta várias vezes, junto com o cigarro, o diabete, a obesidade e o colesterol elevado.
Vida sedentária – A falta de atividade física é outro fator de risco para doença das coronárias. Exercícios físicos regulares, moderados a vigorosos têm um importante papel em evitar doenças cardiovasculares. Mesmo os exercícios moderados, desde que feitos com regularidade, são benéficos, contudo os mais intensos são mais indicados. A atividade física também previne a obesidade, a hipertensão, o diabete e abaixa o colesterol.
Obesidade – O excesso de peso tem uma maior probabilidade de provocar um acidente vascular cerebral ou doença cardíaca, mesmo na ausência de outros fatores de risco. A obesidade exige um maior esforço do coração, além de estar relacionada com doença das coronárias, pressão arterial, colesterol elevado e diabete.
Diabetes – O diabete é um sério fator de risco para doença cardiovascular. Mesmo se o açúcar no sangue estiver sob controle, o diabete aumenta significativamente o risco de doença cardiovascular e cerebral. Dois terços das pessoas com diabete morrem de complicações cardíacas ou cerebrais. Na presença do diabete, os outros fatores de risco se tornam mais significativos e ameaçadores.
Idade – Quatro entre cinco pessoas acometidas de doenças cardiovasculares estão acima dos 65 anos. A partir dos 40 anos deve haver realização de exames periódicos de saúde.
Histórico familiar: As pessoas com antecedentes familiares devem começar a se prevenir mais cedo, pois filhos de pessoas com doenças cardiovasculares têm uma maior propensão para desenvolverem essas patologias. (Tina Santos – com a colaboração de Ronaldo Modesto)