Na manhã desta terça-feira (10) os funcionários das empresas TCA e Nasson voltaram a ocupar a porta da garagem para uma nova manifestação. Os rodoviários decidiram cruzar os braços das 5 às 9 horas da manhã, mas pretendiam assumir o serviço após esse horário. Porém, segundo um dos funcionários, que preferiu não ser identificado, a direção da empresa voltou a fechar os portões para impedir a saída dos ônibus e dessa vez tirou até o bebedouro que ficava instalado para uso dos funcionários.
A paralisação teve início na última segunda-feira (9) e os trabalhadores reivindicam o pagamento de três meses de salários atrasados e sete meses de vale alimentação. Segundo o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviários do Estado do Pará (Sintrasul), Ozéias Brandão, o movimento dos rodoviários continua porque até agora a empresa não se manifestou.
“A gente percebe que não tem nenhuma preocupação em sanar o problema do trabalhador, que são os salários em atraso e os ticket’s alimentação. Persiste o problema e enquanto isso, o trabalhador fará manifestação dessa forma. A gente insiste em pedir desculpas à comunidade, à população de maneira geral, porque sabemos que é necessário o transporte coletivo, mas não podemos deixar o trabalhador a mercê da pouca vontade da empresa em pagar os seus proventos”, explicou.
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Segundo o advogado das empresas, Robert Silva, o horário de pico é a partir das 5h30 da manhã, que caracteriza a primeira jornada de trabalho, quando os veículos devem sair da garagem. O que, segundo ele, tem sido impedido pelos funcionários. Por isso, a empresa vai esperar o Tribunal Regional do Trabalho se manifestar sobre o pedido liminar de proibição da ocupação da porta da garagem pelos funcionários.
“Porque a partir do momento que eles impedem que haja a saída há uma modificação na lei de greve. Então, não existe essa paralisação momentânea. Ou o serviço é respeitado ou então, por segurança e prudência, deve-se aguardar uma decisão do tribunal, que é o órgão competente para dirimir esse dissídio coletivo”, explicou. (Fabiane Barbosa)