No Dia Nacional de Combate ao Fumo, lembrado em 29 de agosto, o Hospital Regional do Sudeste do Pará – Dr. Geraldo Veloso (HRSP), em Marabá, orienta, durante essa semana, usuários e colaboradores sobre os riscos do cigarro ao coração. As ações são promovidas pelas comissões de Humanização e de Ética Médica.
O cardiologista da unidade de saúde, David Tozetto, afirma que, hoje, mais jovens têm se tornado fumantes no Brasil. “Na década de 80, cerca de 36% da população fumava e, atualmente, esse índice é de cerca de 12%. Porém, nota-se que, entre os jovens, esse número voltou a crescer, e isso é preocupante porque as consequências desse hábito são enormes para a saúde”, afirma o médico.
Segundo levantamento do Ministério da Saúde, o consumo de cigarro e outros derivados no Brasil representa um prejuízo anual de R$ 56,9 bilhões, sendo R$ 39,4 bilhões somente com gastos médicos diretos e R$ 17,5 bilhões com custos decorrentes da perda de produtividade ocasionada por incapacitação dos trabalhadores ou por morte prematura.
Leia mais:Pelo menos 50 doenças estão relacionadas ao tabagismo, dentre elas, acidente vascular cerebral, infarto, câncer de boca, garganta, pulmão, rim e bexiga, além de alterações na pele e doenças pulmonares. Embora cada uma delas exija um tratamento específico, é consenso que, em todos os casos, parar de fumar é fundamental.
“O ideal sempre é parar de fumar e, caso não consiga sozinho, o fumante deve procurar tratamento médico, porque existem medicamentos que auxiliam nesse processo, fazendo com que os efeitos da abstinência da nicotina sejam menores”, explica o cardiologista David Tozetto.
Segundo o médico, o fumo não prejudica apenas os fumantes. Pessoas expostas à fumaça de cigarros, charutos e cachimbos, os chamados fumantes passivos, também estão suscetíveis a doenças. O risco é ainda maior se a convivência ocorre em lugares fechados ou pequenos.
Sobre a Unidade
Referência em atendimento de média e alta complexidades para 22 municípios paraenses, o Hospital Regional de Marabá tem 115 leitos, sendo 77 de unidades de internação e 38 de Unidades de Terapia Intensiva.
Possui perfil cirúrgico e habilitação em traumato-ortopedia pelo Ministério da Saúde, oferecendo atendimento gratuito nas especialidades de cardiologia, clínica médica, fisioterapia, infectologia; medicina intensiva adulto, pediátrica e neonatal; nutrição, obstetrícia de alto risco, oftalmologia, otorrinolaringologia, urologia, neurocirurgia, terapia ocupacional, traumato-ortopedia, nefrologia e anestesiologia, além de cirurgias buco-maxilo-facial, plástica reparadora, pediátrica, geral e cirurgia vascular. (Agência Pará)