O Comércio de Parauapebas ainda registra movimento tímido na véspera do Dia dos Pais. A expectativa dos lojistas e comerciantes é que essa realidade mude neste sábado, 10, e domingo, 11, quando é comemorada a data em homenagem aos pais.
A procura por presentes ainda discreta, segundo os comerciantes, é reflexo do momento difícil economicamente pelo qual passa o País, que reflete no mercado local. O trabalhador está com o orçamento apertado e muitas famílias estão sem renda fixa, porque geralmente o provedor do lar, como o pai ou mãe, está desempregado.
Por conta disso, a previsão é de vendas de produtos com preços modestos. Lembranças, simples, apenas para não deixar a data passar em branco.
Leia mais:Comerciante há mais de 20 anos no ramo de itens para presentes e brinquedos, Evanilson Meireles diz que já esperava vendas fracas nessa data, mas afirma que está esperançoso em dias melhores para o País e também para Parauapebas. Ele, que viveu o apogeu econômico da cidade, no início da implantação dos projetos de mineração, diz que acredita em um cenário promissor para a Capital do Minério.
“Bem, a gente viveu o período das vacas gordas, nos beneficiamos disso e, agora, temos de ter paciência nesse período de vacas magras e torcer para que tudo dê certo em nossa cidade”, ressalta, observando que aos poucos Parauapebas vem reagindo à crise econômica, o que é um indicativo animador, principalmente para o comércio.
Presentes simples – Em tempos de pouco dinheiro e orçamento apertado, a saída para muitos filhos é dar presentes simples, mas com grande significado. Por isso, procuram saber o que o pai gosta, para que a lembrança, ainda que com preço em conta, seja representativa.
“Eu conversei com ele e, sem que percebesse, perguntei o que gostaria de ganhar. E, com base no que meu pai falou, vou comprar o presente”, diz Vitória Regina, que vai comprar amanhã o presente do pai.
Outra que vai dar o que pai gosta é Maria das Graças. Ela conta que seu genitor ama esporte e é flamenguista “doente”. “Vi uma caneca do Flamengo e não tive dúvida. É essa. O preço tá bom e tenho certeza que ele vai amar”, aposta.
Bruno Fonseca, que diz ter o maior orgulho do pai, vai enviar dinheiro para o paizão, que mora em Teresina, no Piauí, comprar o quiser. Longe da família há um ano e meio, ele frisa que, mesmo distante, procura ajudar o pai, quando ele precisa.
“Eu sempre mando um agrado pra ele. É uma forma de retribuir um pouco por tudo o que ele fez por mim. Sou imensamente grato pela criação que ele me deu”, declara Bruno, ressaltando que faz o que estiver ao seu alcance pelo pai. (Tina Santos – com a colaboração de Ronaldo Modesto)