Anualmente, o 8 de agosto marca o Dia Nacional do Combate ao Colesterol, desequilíbrio metabólico que pode pôr em risco a saúde provocando episódios graves, como as doenças cardiovasculares, infartos, doença arterial periférica e acidente vascular cerebral.
De acordo com pesquisa do instituto Adelphi International Research com 1.547 pacientes e 700 médicos brasileiros, 80% das pessoas não sabem que o colesterol alto pode causar ataques cardíacos. Já o Ministério da Saúde estima que as doenças cardiovasculares causem, em média, 800 mil mortes por ano no Brasil.
Atualmente, cerca de 40% dos brasileiros tem colesterol alto e mais de 17,5 milhões de pessoas no mundo morrem todos os anos, devido às doenças do coração, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Leia mais:Dois terços da população de dez países da América Latina, Europa e Ásia não sabem que as doenças cardiovasculares são as que mais matam no mundo. Tantos números preocupantes indicam que há ainda muito o que se fazer para disseminar informações sobre a doença e seus modos de prevenção nesta data.
E hábitos simples podem ajudar a equilibrar as taxas, como manter uma alimentação balanceada e praticar atividades físicas regularmente. Para o professor de pós-graduação em Nutrição da Faculdade IDE, Deivid Freire, o primeiro passo é diminuir o consumo de alimentos industrializados e processados, que têm uma carga muito grande de gordura trans, influenciando negativamente no colesterol.
COMO EVITAR?
Segundo especialistas, é possível evitar as altas taxas de colesterol LDL (Low Density Lipoproteins) combinando hábitos saudáveis à mesa e mantendo uma rotina fixa de exercícios físicos.
“Entre os principais produtos que devem ser evitados estão as bolachas recheadas, sorvetes, fast food, frituras e enlatados. Estudos comprovam que esses alimentos aumentam o risco de doenças cardiovasculares. Também não precisam ser ‘proibidos’, mas consumidos como exceção”, explica o professor.
Ainda segundo ele, as gorduras boas estão liberadas e são encontradas nas oleaginosas, como castanhas e nozes, abacate, azeite, leite, queijos, carnes e peixes, pois atuam como fator protetor de doenças do coração.
“Muita gente acha que é preciso cortar topo tipo de gordura, mas não é bem assim. O importante é ter equilíbrio e procurar por alimentos mais naturais”, conta Deivid.
E O OVO?
Vilanizado por anos a fio, o ovo de galinha alcançou foi inocentado e virou mocinho. É considerado fonte de gorduras benéficas, principalmente os caipiras, cujas gemas são mais alaranjadas, ricas em ômega 3 e caroteno – famosos antioxidantes (previnem o envelhecimento precoce das células).
“Estudos comprovam que o ovo não faz mal, mas cada pessoa tem uma quantidade certa, de acordo com avaliação nutricional”, esclarece o nutricionista.
Outra dica é consumir o farelo de aveia, rico em beta glucana, importante fibra alimentar que auxilia diretamente na redução do colesterol. “A recomendação é o consumo diário do farelo de aveia, principalmente em grupos de risco de doença cardiovascular”, completa.
MEXA-SE
Mas se você pensou que comer bem – incluindo alimentos que derrubam a gordura no sangue e evitando os que fazem ela decolar -, é o suficiente, enganou-se. Nem pense em ficar sedentário. O sedentarismo contribui e muito para que a gordura no sangue pipoque.
Os estudos apontam que pessoas que foram submetidas a programas de treinamento físico apresentaram melhoria no perfil lipídico. Isso é importante, pois o colesterol é um importante biomarcador de risco cardiovascular”, explica o doutor em Saúde Pública, coordenador e professor de pós-graduação em Educação Física da Faculdade IDE, Raphael Ritti.
(Fonte:folhape)