Duas execuções ceifaram a vida de dois rapazes na cidade de Jacundá, a 100 km de Marabá, nesse fim de semana. Crispim de Sousa Vaz e o adolescente Luan Aparecido dos Santos Silva, de 16 anos, foram mortos, respectivamente, na sexta-feira (2) e no domingo (4). A Polícia Civil investiga os dois casos e não descarta o envolvimento das vítimas com o tráfico de drogas.
O primeiro crime ocorreu na sexta, quando o vigilante Crispim de Souza Vaz, 32 anos, estava em um bar no Bairro Nossa Senhora Aparecida e dois homens em uma moto pararam próximo à mesa onde ele estava. O da garupa desceu com uma arma em punho e disparou várias vezes na vítima. Crispim morreu no local, sentado numa cadeira, por volta de 21h30. Uma câmara do estabelecimento comercial filmou a ação do matador.
De acordo com testemunha e primeiros relatos colhidos por investigadores da Polícia Civil, a vítima chegou ao local por volta das 16h com um grupo de amigos. Um vídeo gravado horas antes da morte circulou nas redes sociais onde Crispim se divertia com o grupo. “Foi muito rápido quando o matador chegou e atirou nele. Só tive tempo de correr”, disse uma das testemunhas, que neste caso pediu anonimato de sua identidade.
Leia mais:A morte pode ter ligação com o tráfico de drogas. Segundo apurou o início da investigação policial, Crispim era consumidor e vendedor de entorpecentes e que já teria falado que iria dar um tempo dessa vida de drogas, indo em uma época para Breu Branco, retornou, mas continuou consumindo e vendendo entorpecentes e que todas as pessoas que o conheciam sabiam da situação de Crispim, disse o major Fábio Rayol, em boletim distribuído nas redes sociais.
SEGUNDO CASO
No domingo, por volta das 16h, foi morto a tiros o adolescente Luan Aparecido dos Santos. Ele trafegava a pé por uma rua do Bairro Alto Paraíso quando dois homens em uma moto pararam o veículo próximo a ele, e o garupa desceu e disparou vários tiros na cabeça do rapaz, que morreu no local.
Filho de um casal residente no Bairro Bela Vista, a mãe Marlene da Conceição dos Santos, conta que atualmente a vítima trabalhava como ajudante de pedreiro. “Meu filho almoçou e saiu. Ainda disse: vá com Deus, meu filho”. Emocionada, a mulher disse desconhecer qualquer envolvimento do adolescente com “coisas erradas”. O pai Valdir Santos da Silva preferiu não comentar sobre o caso.
SAIBA MAIS
Na Delegacia de Polícia Civil de Jacundá, um inquérito apura a morte. “Os nossos investigadores estão coletando toda informação possível para chegarmos à autoria do crime”, disse o delegado Sérgio Máximo dos Santos.
(Antonio Barroso/Freelancer)