Na noite desta sexta-feira, dia 19, a Galeria Vitória Barros vai lançar um catálogo para celebrar os 10 anos do Ver-a-Cidade, a principal mostra fotográfica realizada anualmente para comemorar o aniversário de Marabá.
O evento é, também, a “menina dos olhos” da artista e idealizadora do projeto, Vitória Barros, que mantém a exposição na galeria que leva o seu nome desde que ela surgiu, em 2010. Embora um pouco mais distante da instituição por estar envolvida com tratamento de saúde de seu esposo, ela continua uma entusiasta do Ver-a-Cidade. “Ele abarca uma territorialidade urbana sob o discurso visual no sentido de conectar-se à amazonidade existente e impingir interatividade Estética Tocantina”, avalia o artista e professor universitário Alexandre Silva dos Santos Filho (Alixa), parceiro do da exposição desde a gênese.
Ieda Barros, que faz a gestão da Galeria Vitória Barros, também se enche de orgulho por ter colaborado com o Ver-a-Cidade desde o primeiro ano de sua existência. Ela observa que não se trata de um evento anual, mas de um projeto que mobiliza e une pessoas em torno da cidade e suas imagens. Revela que entre parceiros, colaboradores e participantes, o Ver-a-cidade alcança uma média de 500 pessoas.
Leia mais:O catálogo a ser lançado nesta sexta-feira, no final do 10º Ver-a-cidade, contará a história da própria exposição com 146 fotos selecionadas previamente e textos de todas as edições, homenageando parceiros. “Em dez anos, recebemos mais de 3.000 imagens dos fotógrafos participantes e comparando as edições, percebemos o quanto a cidade se transformou e o quanto o olhar dos fotógrafos ficou mais crítico também”, avalia.
Ieda relembra que, no início, ao homenagear a cidade no mês de seu aniversário, abril, a artista Vitória Barros busca fotos existentes no acervo da própria galeria. Em 2010, teve a ideia de mobilizar os moradores da cidade para enviarem imagens que representassem o lugar em que moram. “Ela compartilhou a ideia com o colega artista Alixa, que gostou muito e ajudou a rascunhar o projeto, que mostrou-se de sucesso passada uma década”, diz a entusiasmada Ieda Barros.
Ela também recorda que nas duas primeiras edições, grande parte das imagens remetia à orla e por do sol da cidade, mas por meio de oficinas e formações promovidas pela própria Galeria Vitória Barros, os fotógrafos foram amadurecendo o olhar e passaram a mudar o foco de suas lentes.
A gestora da galeria observa que ao longo dos anos, muitas escolas criaram afetividade com a Galeria Vitória Barros porque professores levavam seus alunos para visitar a exposição fotográfica sobre a cidade. “No início, a gente saía convidando as escolas. Hoje, a iniciativa parte deles e isso é uma prova de que o projeto é interessante e tem uma identidade muito bacana com a classe estudantil”.
O Ver-a-Cidade também promoveu saídas fotográficas, safaris e palestras, ampliando o diálogo sobre fotografia com a comunidade, principalmente na periferia da cidade. Em 2013, foi iniciada a itinerância da exposição, passando por escolas, universidades, entre outros espaços. “Essa exposição mexe com a sensibilidade das pessoas, que a utilizam em forma de denúncia de problemas sociais de sua comunidade, fazendo uma intervenção indireta”, ressalta Ieda.
Interessados em participar do encerramento do Ver-a-Cidade e o lançamento do Catálogo comemorativo podem procurar a sede da Galeria Vitória Barros, na Avenida Itacaiunas, 1519, Bairro Novo Horizonte, nesta sexta-feira, 19, às 19 horas.
CATÁLOGO VER-A-CIDADE
100 páginas
146 fotografias
500 pessoas envolvidas