Presa por tráfico de drogas na última semana, quarta-feira (19), Vitória Aparecida Silva, de 18 anos, confessou ter sido a responsável pela morte da adolescente Maria Eduarda Silva Azevedo, de 16 anos. Em depoimento à polícia, ela contou ter recebido ordem para matar a adolescente da facção criminosa Comando Vermelho (CV), a qual diz integrar.
Maria Eduarda foi assassinada de forma cruel no dia 14 de maio deste ano, no alto do Morro do Macaco, em Parauapebas. Os criminosos, que se identificaram em filmagem como sendo da facção criminosa Comando Vermelho (CV), gravaram a morte da vítima.
Vitória Aparecida foi presa pela Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicleta da Polícia Militar (Rocam), acusada de tráfico de drogas em uma casa no Bairro Cidade Jardim. Junto com ela foram presos também Frank Bruno Barbosa da Silva, de 30 anos, e Janilson dos Santos Costa, de 24 anos.
Leia mais:Janilson dos Santos é marido de Vitória Aparecida. A acusada afirmou que a ordem para matar Maria Eduarda de Azevedo foi dada pela facção porque ela a vítima seria ‘X9’, gíria para delator, e pertenceria ao Primeiro Comando da Capital (PCC), grupo criminoso rival ao CV.
De acordo com relatos de Vitória Aparecida, a adolescente entrou propositadamente para o CV através de um grupo de WhatsApp. Maria Eduarda, segundo a acusada, participava do grupo como X9, levando informações para a facção rival.
O caso foi descoberto, o que despertou a ira dos líderes do grupo criminoso, que emitiram a ordem para matá-la. A presa detalhou, de forma fria, que aproveitou que a jovem teria ido até o morro do Macaco para pegar droga e a matou.
“Eu fiz o serviço mesmo. Ela também estava me ameaçando”, justificou a acusada, dizendo que não se arrepende do crime, mas diz que talvez se fosse hoje, não o faria.
Ao ser questionada que os familiares de Maria Eduarda afirmaram na época do crime que a adolescente não tinha envolvimento com o mundo do crime, Vitória Aparecida foi direta. “Eles não sabiam o que ela andava fazendo”.
A acusada vai ser encaminhada para um presídio feminino, em Belém, já que na Carceragem do Rio Verde, em Parauapebas, não tem cela feminina. (Tina Santos)