Em decorrência do bloqueio, pelo Ministério da Educação (MEC), no final de abril, de uma parte do orçamento das universidades institutos federais de ensino do país, várias instituições estão mobilizando ações de manifestação. Conforme o governo, os cortes se aplicam a gastos não obrigatórios, dentre eles, água, luz, obras, aquisição de equipamentos e realização de pesquisas.
É em relação a este último que os estudantes de Marabá estão bastante preocupados e, por isso, decidiram se organizar para mostrar à sociedade a importância da pesquisa acadêmica. Na próxima sexta-feira, dia 31, alunos vinculados às três instituições federais existentes na cidade irão expor trabalhos acadêmicos na Praça São Félix de Valois, em frente à Toca do Manduquinha, na Marabá Pioneira.
De acordo com Welton Martins de Sousa, acadêmico do 3ª semestre de História da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), o movimento começou com poucos estudantes da Unifesspa, da Universidade do Estado do Pará (Uepa) e do Instituto Federal do Pará (Ifpa). “O objetivo é mostrar para a sociedade as produções de pesquisa, ensino e extensão das instituições”, comenta.
Leia mais:Rapidamente a notícia se espalhou e o pequeno movimento de seis pessoas começou a receber mais apoio e pesquisadores interessados em participar. Nesta quarta-feira (29), o grupo montado no Whatsapp para organização da ação já tinha 180 integrantes e uma lista com mais de 70 alunos com banners para apresentação, além de participação de projetos como Núcleo de Acessibilidade e Inclusão Acadêmica (Naia), Emancipa e Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid).
“Vamos montar varais na praça e iremos expor e apresentar banner dos nossos trabalhos. Vai ser algo pacífico, só para mostrar o quão importante é a produção das universidades e institutos para a sociedade”, destaca Welton, explicando que há participantes de quase todas as áreas de aprendizagem.
“Há projetos de humanas até exatas. Temos o Naia, de acessibilidade à pessoa com necessidade, além de alunos que não têm projetos, mas vão apresentar os seus cursos. Está aberto a todos, até professores estão mandando projetos”, diz, acrescentando que os estudantes aguardam a visita da população. “Esperamos que a comunidade de Marabá compareça para dar uma olhada naquilo que o futuro de Marabá está produzindo, projetos e sonhos”, finalizou. (Luciana Marschall)