Correio de Carajás

Vítimas de atentado não cooperam com a polícia

O Departamento de Homicídios da Polícia Civil está investigando uma tentativa de homicídio cometida contra quatro pessoas, mas há uma dificuldade muito grande para elucidar o caso, porque as vítimas que estão em condições de prestar depoimento simplesmente estão se negando a fazê-lo. A tentativa de homicídio se registrou nas margens do Rio Itacaiúnas, no Bairro Bela Vista, na área do balneário do Tacho.

As vítimas foram identificadas como Jardel Gomes do Nascimento (baleado na costa e no braço), Joabe Lima Santos (baleado nas costas) e Maycon Douglas da Silva (baleado no abdômen). Havia um quarto elemento, José Lúcio Barroso da Silva, que foi alvejado e caiu no rio Itacaiúnas, sendo levado pela correnteza. José Lúcio foi avistado pelo helicóptero PM guardião I e foi resgatado cerca de 2 km do local dos fatos. Ele é o que tem o pior quadro clínico, pois foi alvejado no tórax e na cabeça.

“Ele (José Lúcio) foi socorrido com bastante dificuldade porque empreendia esforços para não se alcança pelos policiais que tentavam socorrê-lo; nós usamos uma aeronave e uma embarcação”, explica o delegado Vinícius Cardoso das Neves, acrescentando que o baleado foi encaminhado imediatamente ao hospital, onde está internado em estado gravíssimo.

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Para prestar socorro aos outros três baleados, foi acionada uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel Urgência (SAMU), que conduziu os feridos para o Hospital Municipal de Marabá (HMM).

Ainda segundo o policial, dos quatro homens baleados, dois têm passagens pela polícia por tráfico de drogas e homicídio. Um deles, Jardel Nascimento, tem três passagens por roubo; e o quatro baleado já cumpriu medida socioeducativa no Centro de Internação do Adolescente Masculino (CIAM).

Delegado Vinícius: “É um enredo difícil de solucionar a princípio”/ Foto: Evangelista Rocha

INVESTIGAÇÃO

Ainda conforme o delegado, o próximo passo é identificar o que as vítimas estavam fazendo naquele local, que acabou em troca de tiros, e quem são os atiradores. O que dificulta as investigações agora, segundo Vinícius, é que duas vítimas ainda não têm condições de prestar depoimento devido ao seu quadro clínico; e outras duas já deixaram claro que não querem falar sobre o caso, provavelmente por terem envolvimento no mundo do crime. “É um enredo difícil de solucionar a princípio”, lamenta o policial.

Ainda de acordo com o delegado Vinícius, embora os baleados tenham passagens pela polícia, nesse inquérito eles são tratados como vítimas, por isso é fundamental que eles colaborem.  (Chagas Filho)

SAIBA MAIS

Outra dificuldade apontada pela polícia para solucionar esse crime é que o tiroteio aconteceu em local muito deserto, onde praticamente não havia testemunhas.