Correio de Carajás

Piloto marabaense é sepultado

Aconteceu no final da tarde de ontem (20), no Cemitério da Saudade, na Folha 29 (Nova Marabá), o sepultamento do piloto Paulo Roberto Melo Marinho, de 51 anos, que perdeu a vida após a queda de um avião de pequeno porte sobre uma vila de casas na tarde de sábado (18), em Belém. Nascido em Marabá, no bairro Novo Horizonte, ele estava há sete anos na capital do Estado e deixa três filhos órfãos.

Inicialmente o corpo foi velado no Aeroclube de Belém, onde Paulo foi homenageado por colegas de trabalho. Em seguida, a urna fúnebre com o corpo do piloto seguia via aérea para Marabá, onde desembarcou no final da manhã de ontem e seguiu direto para a Igreja Assembleia de Deus na Rua Sérvulo Brito, Novo Horizonte.

No momento em que o corpo chegou ao aeroporto local, apenas os filhos, uma irmã, que é enfermeira e mora em Marabá, além de dois colegas de trabalho, receberam o caixão, em um momento bem reservado, e em seguida encaminharam o corpo para os procedimentos de funeral e sepultamento.

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Paulo Roberto, que pilotava o avião, foi o único a morrer no desastre aéreo. Outras três pessoas que estavam com ele foram resgatadas com vida, todos eram tripulantes da aeronave. Segundo relatos da Imprensa de Belém, Delvano Silva Rodrigues, José Ramos de Andrade e Antônio Carlos Frazão foram encaminhados para o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE).

Paulo Roberto nasceu em Marabá, mas estava há muitos anos em Belém/ Foto: reprodução

A aeronave atingiu uma casa de dois pavimentos onde estavam seis pessoas: três adultos, dois adolescentes e uma criança de 9 anos de idade. Por milagre, ninguém ficou ferido. Um dos amigos de Paulo Roberto disse para a reportagem do Jornal CORREIO, no aeroporto de Marabá, que possivelmente o equipamento pilotado pela vítima deve ter apresentado alguma falha mecânica. Ainda de acordo com ele, o Primeiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA I) já está investigando o caso e o resultado deve sair em breve.

Paulo Roberto estava fazendo um trabalho freelance quando o acidente aconteceu. O monomotor Cessna 210 prefixo PR-DVR, fabricado em 1979, saiu do aeroporto Brigadeiro Protásio pouco antes de 13h. Era um voo de demonstração, de cerca de 5 minutos. A aeronave estava à venda.

No local do acidente, estiveram representantes da Defesa Civil e também da Perícia Criminal, vistoriando a estrutura da residência. Equipes do 27º Batalhão da Polícia Militar isolaram a área do acidente. (Chagas Filho com informações de Josseli Carvalho)

SAIBA MAIS

Os investigadores do SERIPA iniciaram coleta de dados ainda no domingo, fotografando a cena do acidente, retirando partes da aeronave para análise, reunindo documentos e ouvindo relatos de pessoas que observaram a sequência de eventos.