A Polícia Civil deflagrou na manhã hoje, segunda-feira (20), em Parauapebas, a operação batizada de “Seleção Imperfeita”. Na operação foi preso um funcionário do Sistema Nacional de Emprego (Sine), no município, que tinha mandado de prisão contra ele por furto qualificado na cidade de Paraíso, no Estado do Tocantins.
O servidor ainda estava usando nome falso e, segundo o delegado Gabriel Henrique, diretor da 20ª Seccional Urbana de Parauapebas, vai responder agora também por mais esse crime. O delegado detalha que as investigações para tentar localizar o acusado na cidade começaram há uma semana.
Após levantamento, conseguiram identificá-lo e descobriram que ele vinha trabalhando no Sine, fazendo seleção de candidatos a emprego. Ele estava usando o nome de Rodrigo Pessoa Ferreira da Silva, mas o nome verdadeiro dele é Renato Ferreira da Costa.
Leia mais:De acordo com Gabriel Henrique, vai ser aberto um inquérito para apurar com quem ele conseguiu comprar o documento, que é verdadeiro, apenas os dados são falsos. “Ele disse que comprou essa identidade na cidade de Cumaru do Norte, no sul do Pará, mas vamos investigar para saber quem está vendendo esse documento, que é verdadeiro, apenas falsificam os dados da pessoa”, frisa o delegado.
Ele adianta que a operação recebeu o nome de “Seleção Imperfeita” porque o acusado era uma das pessoas que fazia a seleção de candidatos as vagas de emprego disponibilizadas através do Sine. Gabriel revela ainda que Renato viria ajudando pessoas ligadas ao mundo do crime a conseguir vagas de emprego.
“Isso, inclusive, era um risco para as empresas que, sem saber, estavam contratando criminosos”, ressaltou o delegado, observando ainda que será investigado também se ele vinha lucrando ao conseguir vagas para pessoas ligadas ao crime.
Renato ainda tentou fugir dos policiais, ao chegar à 20ª Seccional, ele pulou da viatura e tentou correr, mas foi alcançado e imobilizado pelos policiais.
O acusado não quis falar com a Imprensa sobre o caso. Ele permaneceu o tempo todo calado, enquanto aguarda ser ouvido pelo delegado Gabriel Henrique.
O delegado informou também que vai pedir mais informações ao Sine sobre o servidor, para saber que outras atividades ele desempenhava no órgão e como foi contratado. Até agora, o órgão ainda não se pronunciou sobre o caso. (Tina Santos – com informações de Ronaldo Modesto)