Durante a sessão desta terça-feira, 14, a presidente do Instituto Sorriso Legal, Ana Paula Guedes, apresentou o trabalho que tem sido desenvolvido pela entidade durante 17 anos, o qual já beneficiou mais de 9 mil pessoas de forma gratuita.
Ana Paula agradeceu aos vereadores que ajudaram o Projeto Sorriso Legal com destinação de emendas impositivas, que auxiliaram a ONG a ampliar o atendimento odontológico aos pacientes.
Ela avalia que nos 17 anos de existência do Instituto Sorriso Legal, muitos avanços já aconteceram na entidade, que começou em Brejo Grande do Araguaia e depois mudou sua sede para a Folha 33, em Marabá, onde atende dezenas de pessoas mensalmente. “Todo mês fazemos triagem de crianças na instituição. No Hospital Materno Infantil, em Marabá, quando nasce uma criança com essa deficiência, os profissionais já encaminham os pais para o instituto, para o primeiro atendimento”, conta.
Leia mais:Atualmente, segunda ela, o Sorriso Legal oferece serviços de cirurgia plástica no rosto, tratamento odontológico, produz prótese, conta com psicólogo, nutricionista, entre outros profissionais. Nesta semana estão agendadas mais 23 cirurgias de pacientes com fissura lábio palatina.
Ela agradeceu a Câmara e os vereadores Gilson Dias, Irismar Melo, Pastor Ronisteu e Cabo Rodrigo, que destinaram emendas impositivas para beneficiar o instituto no ano de 2019. Para 2020, conforme já anunciaram antecipadamente, se comprometeram os vereadores Marcelo Alves, Gilson Dias, Ilker Moraes, Cristina Mutran, Irismar Melo, Cabo Rodrigo e Priscila Veloso.
Ana Paula Guedes explica que a cirurgia de lábio leporino é muito cara e que alguns pacientes já fizeram mais de 12 cirurgias e ainda precisam de mais. “O trabalho do Sorriso Legal tornou-se referência no Pará e atendemos pacientes de vários municípios da região e também de outros estados”, revela.
Atualmente, as cirurgias são realizadas, com segurança no Hospital Regional do Sudeste, em Marabá, que tornou-se parceiro da instituição.
A fissura lábio palatina é uma má formação congênita que resulta em uma abertura do lábio ou palato, o céu da boca. Dados apontam que a cada 600 crianças nascidas no Brasil, uma apresenta a má formação. Além de crianças, jovens e adultos também têm a possibilidade de fazer o tratamento no local.
Gustavo Garofalo Isaías, coordenador de saúde bucal do Sorriso Legal, explica que faz tratamento completo dos pacientes com restauração e que uma das inovações é o uso placas palatinas, que ajudam aqueles que não têm o céu da boca. “Eles possuem dificuldades de se alimentar. Há cerca de 250 pacientes usando a placa para se preparar para a cirurgia, com fechamento do céu da boca”, disse.
A vereadora Irismar elogiou o trabalho do Instituto Legal, que desenvolve um trabalho pioneiro na região. Antes, a situação era extremamente difícil, mas junto com vários parceiros, Ana Paula trouxe o instituto em Marabá. “Nós precisamos continuar apoiando esse projeto. Vamos deixar mais um percentual de nossa emenda impositiva para o instituto continuar atendendo os pacientes”, disse a vereadora.
Nonato Dourado reconhece que antes do Sorriso Legal, muitos pais não sabiam onde encontrar tratamento para seus filhos. Agora, Marabá tornou-se referência. Elogiou que o trabalho agora não será itinerante, mas contínuo em Marabá. “Esperamos que o governo do Estado ajude mais ainda na manutenção desta instituição tão importante para nossa comunidade”.
A vereadora Cristina Mutran considera o trabalho do Instituto Sorriso Legal como “magnífico” e que eleva a autoestima dos pacientes e também de seus pais. É realizado por pessoas que vêm de fora exclusivamente para essas cirurgias. “Me coloco à disposição para termos uma audiência com o secretário de Saúde do Estado, Alberto Beltrame, para discutir a necessidade de ampliar o apoio do governo do Estado a esse trabalho valoroso”. (Ulisses Pompeu)