A Auditoria Geral do Estado (AGE) recomendou ao Ministério Público do Pará (MPPA) e à Polícia Civil a prisão preventiva do ex-governador Simão Jatene e de ex-secretários estaduais de obras. O MPPA e a Polícia ainda não se manifestaram sobre o pedido. O ex-governador disse, em nota, que “lamenta o uso político-partidário de um órgão, que em um passado recente foi reconhecido por isenção e transparência”.
Segundo o órgão, que fiscaliza ações e atos governamentais no PA, Jatene e os ex-titulares da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (Sedop) teriam formado um suposto esquema de desvio de dinheiro do programa Asfalto na Cidade.
De acordo com nota divulgada nesta segunda-feira (29), a AGE instaurou uma investigação preliminar para apurar indícios de mau uso do dinheiro público no programa, criado na administração de Jatene, a fim de melhorar a malha viária dos municípios.
Leia mais:“Durante fiscalização in loco, os auditores confirmaram diversas irregularidades, como obras não executadas ou não concluídas, mesmo com as empresas responsáveis já tendo recebido os valores respectivos”, informou o órgão.
O caso foi denunciado ao MPPA e à Polícia Civil. Um inquérito policial é comandado pela Divisão de Investigação e Operações Especiais (Dioe). Segundo a AGE, a prisão dos investigados é para evitar a destruição de possíveis provas.
Outro lado
O ex-governador Simão Jatene divulgou uma nota dizendo que “jamais conduziu qualquer ação, quer contratação de empresas construtoras, quer para os pagamentos”. Confira nota na íntegra:
Trata-se, portanto, de mais um factoide com dupla intenção: desviar a atenção da população pela falta de obras do atual governo – que vem “inaugurando” obras executadas pela gestão anterior e, com a “denúncia”, deixa clara a intenção de tentar atingir politicamente o ex-governador Simão Jatene.
O programa Asfalto na Cidade existe desde 2003, e já mudou pra melhor a paisagem de dezenas de cidades. O ex-governador Simão Jatene lamenta o uso político-partidário de um órgão, que num passado recente foi reconhecido por sua isenção e transparência.”
(Fonte:G1)