Nesta quarta-feira, dia 10, José Hilton Conceição de Sousa sentará no banco dos réus do Salão do Júri do Fórum Juiz José Elias Monteiro Lopes, em Marabá, onde será julgado pela morte da ex-companheira, Sandra Maria Pereira da Costa, registrada em novembro de 2011, na Folha 16, Nova Marabá.
Ele foi pronunciado pelo juiz Alexandre Hiroshi Arakaki, titular da 3ª Vara Criminal de Marabá, após o Ministério Público do Estado do Pará denunciar que o homem a teria matado porque não aceitava o fim do relacionamento do casal.
Conforme a denúncia, no dia do crime, aproximadamente às 23h30, na Folha 16, José Hilton esfaqueou Sandra Maria. Ferida, ela chegou a ser levada ao hospital, porém não resistiu e morreu em seguida.
Leia mais:As investigações do caso apontaram que o acusado ainda ligou para o irmão informando que havia acabado de esfaquear a mulher. A prisão preventiva de José Hilton foi decretada em fevereiro de 2012, mas o mandado só foi cumprido em 2017, quando uma filha da vítima reconheceu o homem em uma farmácia da Folha 28.
Em depoimento, uma irmã da vítima contou que vizinhos presenciaram o ocorrido. Estes informaram que ele esfaqueou a mulher ao menos 10 vezes e que o motivo foi uma briga de casal, algo comum entre ambos. Ela declarou, ainda, que José Hilton agredia frequentemente Sandra Maria e, inclusive, chegou a ser preso por este motivo antes do homicídio.
O irmão do acusado informou que ao chegar no local a mulher já tinha ido para o hospital. Disse, ainda, ter ouvido na casa de saúde que ela havia sido furada por faca. Ao ligar para o irmão, declarou, este lhe confirmou que tinha brigado com a vítima e tinha ‘furado’ ela.
José Hilton, por sua vez, em depoimento ao Poder Judiciário, declarou que os fatos não são verdadeiros. Defendeu que ele e a vítima estavam separados há quatro meses e que foi levar mantimentos para a filha, mas encontrou a vítima bebendo.
Declarou que a mulher foi quem desferiu golpes de faca contra nele e que ele se abraçou com ela para se defender. Disse que havia outras duas ou três pessoas no local que desferiram golpes na cabeça dele e que travou luta corporal, achando que a vítima se feriu neste momento. (Luciana Marschall)