Era por volta das 5 horas da manhã de ontem (3), quando quarenta policiais civis saíram às ruas de Marabá, levando consigo nada menos de 50 mandados de prisão. Eles sabiam que seria difícil cumpri-los, mas tinham um compromisso com a sociedade e com a Justiça. Passadas pouco mais de quatro horas, eles conseguiram prender dez pessoas. Mas a missão foi um sucesso, porque conseguiram apreender três quilos de maconha prensada, objetos roubados e até binóculos e um drone, que – segundo a polícia – estão sendo usados pelos traficantes para monitorar sua atividade criminosa.
Os sete presos foram identificados como Paulo Ramon Oliveira da Silva, Webert Leandro da Silva, Edson Gomes da Silva, Josivaldo Souza Silva, Robson Alves Medrado, Valmir Pinheiro e Lucas Carlos do Nascimento. Além desses, outros três foram identificados criminalmente, pois não tinham documentos no momento da prisão.
Os resultados da Operação Carajás foram apresentados em coletiva de Imprensa a jornalistas, na sede da Superintendência Regional da Polícia Civil do Sudeste do Pará, em Marabá. Estiveram na coletiva o diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI), delegado José Humberto Melo; o titular da Superintendência, delegado Thiago Carneiro, e o diretor da 21ª Seccional de Marabá, delegado Vinicius Cardoso.
Leia mais:Durante a coletiva, o delegado Thiago Carneiro, todos os mandados foram expedidos após intensa investigação, monitoramento e estudos, contra criminosos envolvidos em diversos tipos de delitos como tráfico de drogas, roubos, homicídios, entre outros crimes. Carneiro fez questão de frisar que a operação aconteceu em todos os núcleos urbanos de Marabá, inclusive em São Félix/Morada Nova, que ficam mais afastados do centro.
Por sua vez, o delegado Vinicius Cardoso disse que a operação foi bastante exitosa. “Demos um duro golpe no tráfico aqui na região. Já tiramos vários indivíduos da rua, o que vem reduzir a criminalidade urbana”, disse. Ainda de acordo com o delegado, a política de combate à criminalidade adotada tem como foco a redução dos números de crimes.
Já o delegado José Humberto, diretor do DPI, chamou atenção para o fato de que o objetivo traçado pela Polícia Civil era conseguir realizar pelo menos mil prisões no interior do Estado nos primeiros cem dias de governo. Passados 94 dias, os resultados ultrapassaram a meta. “Temos conseguido êxito com muito trabalho investigativo dos nossos policiais e tem dado bastante resultado. Só o interior já prendeu mais de 1,3 mil pessoas, desde o dia 1º de janeiro”, anunciou o delegado.
Acusado de estupro foi capturado no Tocantins
Dentro da “Operação Carajás”, policiais civis de Itupiranga se deslocaram até o município de Augustinópolis (TO), para prender Valmir Pinheiro, acusado de praticar o crime de violência doméstica contra a companheira e o crime de estupro de vulnerável contra a neta da companheira dele, de apenas seis anos de idade. A prisão se deu em cumprimento de mandado de prisão preventiva requerido pela Polícia Civil durante o inquérito policial a respeito do caso.
Segundo informações repassadas pela Polícia Civil, o crime foi registrado no dia 18 de maio de 2018 em Itupiranga. A operação que levou à prisão do acusado foi comandada pelas investigadoras Joyce e Tatiane. Segundo o delegado Toni Vargas, ao tomarem conhecimento que o acusado, após os crimes, havia se mudado para a localidade de Praia Norte, em Augustinópolis, na região do Norte do Tocantins, a equipe de policiais civis entrou em contato com a Polícia Civil do município tocantinense.
Os policiais civis do Pará e do Tocantins iniciaram a investigação para capturar o acusado. Valmir foi localizado e preso em cumprimento do mandado de prisão preventiva. O preso foi recambiado ao Estado do Pará para responder pelo crime. (Da Redação)