Durante os ataques simultâneos a duas mesquitas em Christchurch , na Nova Zelândia, o atirador fez uma transmissão ao vivo nas redes sociais. O vídeo, que dura 17 minutos, mostra o caminho até a mesquita e os disparos sobre os fiéis. Ao menos 49 pessoas morreram e 48 ficaram feridas. Não foram divulgadas ainda as identidades das vítimas. O autor do vídeo é, segundo o governo da Austrália, um australiano extremista de direita,que deixou um manifesto contra muçulmanos, a imprensa e a democracia.
A transmissão foi filmada por meio de uma câmera acoplada no capacete do atirador e mostra quando ele entra na mesquita e dispara contra as vítimas. Depois de mais alguns minutos, ele entra em seu veículo e foge. “Não havia nem tempo para mirar, havia tantos alvos”, disse ao fugir.
O Facebook e o Twitter retiraram do ar as páginas ligadas ao atirador, mas o conteúdo postado se espalhou rapidamente por outras contas. Para evitar a detecção dos sistemas de vigilância dessas empresas, os usuários das redes sociais começaram a editar o vídeo ou a postar o texto como uma imagem.
Leia mais:Antes, autoridades da Nova Zelândia informaram que estavam trabalhando para remover as imagens divulgadas pelo atirador. A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, qualificou os ataques de atos terroristas e lamentou que seu país viva um dos “dias mais sombrios” de sua história.
“Esta claro que isto pode ser descrito como um ataque terrorista (…) Pelo que sabemos parece que foi bem planejado”, afirmou.
A polícia deteve quatro pessoas, três homens e uma mulher, suspeita de envolvimento nos ataques.
(Fonte: O Globo)