Três vítimas fatais foram confirmadas em decorrência do grave acidente registrado na Rodovia BR-155, entre sábado e domingo, em frente ao Parque de Exposições Agropecuárias, onde é realizada a Expoama anualmente.
A princípio, foram confirmadas as mortes de duas pessoas que estavam em um micro-ônibus que colidiu frontalmente contra uma caçamba: Erisnaldo Oliveira Lima, de 35 anos, e Francisco Jeferson Aguiar Santiago, de 23 anos, que morreram no local.
O motorista do veículo, Ronaldo de Jesus Ribeiro, chegou a ser socorrido com vida e levado para o Hospital Regional Público do Sudeste, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Leia mais:O motorista da caçamba que invadiu a contramão em uma tentativa de ultrapassagem, e um passageiro foram socorridos e encaminhados ao Hospital Municipal de Marabá (HMM). Não há informações sobre o estado de saúde deles.
De acordo com informação do agente Anderson Araújo da Silva, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o condutor da caçamba começou a fazer uma ultrapassagem em local proibido, com faixa contínua, e acabou batendo de frente no micro-ônibus, que seguia em sentido contrário. As frentes dos dois veículos foram completamente destruídas.
Uma testemunha, Gilberto Ximenes, casado com a cunhada de uma das vítimas, também confirmou que o motorista da caçamba estava na contramão no momento da batida. Ele fez uma ultrapassagem de três motos e continuou, até colidir com o ônibus, afirma.
Em nota de pesar o restaurante Filé Grill, onde duas das vítimas trabalhavam, externou profunda tristeza em relação ao falecimento de seus funcionários. A empresa se solidarizou com as famílias e amigos das vítimas, ao mesmo tempo que reconhece o relevante trabalho desenvolvido por Erisnaldo Oliveira e Ronaldo de Jesus, que “atuavam com total responsabilidade e lealdade”. (Luciana Marschall e Chagas Filho – com informações de Josseli Carvalho)
Colisão entre automóveis termina em morte
O outro acidente fatal no final de semana em Marabá vitimou Jocielson Martins Jorge, conhecido pelos amigos como Cielson, de 33 anos, na Rodovia Transamazônica (BR-230), próximo a um posto de combustíveis, na Cidade Nova, nas proximidades do quartel do Corpo de Bombeiros. Jocielson era filho de um empresário do bairro Novo Horizonte, que atua na fabricação de manilhas e pré-moldados. Ele foi aluno da escola Monte Castelo em Marabá e fez curso superior na UNITPAC na cidade de Araguaína, no Tocantins.
Ouvido pela reportagem do Jornal CORREIO, o subtenente Pontes, do Corpo de Bombeiros, explicou que houve uma colisão entre dois automóveis na pista cujo tráfego fica no sentido Cidade Nova-ponte do Rio Itacaiúnas.
O condutor do outro veículo (um Onyx branco) foi identificado como Hailton Moura da Silva Filho, enquanto Cielson Jorge dirigia um Punto vermelho. Havia mais duas jovens com Hailton, as quais foram socorridas e levadas para o Hospital Municipal de Marabá (HMM) e Hospital Regional.
Perguntado sobre como teria ocorrido o acidente, o subtenente Pontes disse não ter visto marcas de pneu na pista no local do acidente, pois a maior preocupação naquele momento era socorrer os sobreviventes.
Por outro lado, o Boletim de Ocorrência Policial (BO) registrado pelo próprio Hailton não só dá uma versão para as circunstâncias do acidente, como também revela algo estranho. Hailton diz que seguia em sua mão de direção (sentido Cidade Nova-ponte), quando o carro da vítima teria entrado de uma vez na pista, que é preferencial. Com a violência da colisão, Jocielson foi sacado do banco do motorista e morreu na hora, enquanto ele, Hailton, sofreu apenas uma lesão na perna direita.
O que deixou os familiares da vítima indignados foi o fato de que, segundo o BO, após o acidente, uma viatura da Polícia Militar chegou ao local e colocou Hailton na viatura, enquanto aguardavam a chegada da Polícia Rodoviária Federal (PRF), mas como os patrulheiros não apareceram logo, os militares teriam liberado Hailton e o orientaram a comparecer na Delegacia de Polícia Civil para prestar seu depoimento. De fato, ele se apresentou espontaneamente na 21ª Seccional Urbana, mas somente às 10h30 da manhã (9 horas depois do sinistro)
Um advogado ligado à família observou que os PMs deveriam ter conduzido Hailton até a Seccional de Polícia Civil, pois houve vítima fatal no acidente. Além disso, caso ele tivesse sido apresentado imediatamente, seria possível fazer teste de bafômetro, para saber se o condutor estava embriagado ou não, embora Hailton tenha garantido, em seu depoimento, concluído às 11h08 da manhã, que não estava bebendo naquela noite. O local do acidente também não foi preservado para perícia, queixam-se amigos de Cielson. (Chagas Filho)