O Departamento de Homicídios da Polícia Civil em Marabá já tem uma linha de investigação clara sobre o duplo assassinato que aconteceu no final da tarde da última sexta-feira (25), no Bairro Araguaia (Fanta). Naquele dia foram mortos Alessandro Alves da Silva, de 38 anos, e Janaína Letícia Silva Lima, de apenas 15. Tudo leva a crer que a dupla execução foi motivada por guerra entre as facções rivais Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC), uma disputa que se espraia das penitenciárias até as ruas de praticamente todas as cidades do País.
O casal estava em um quarto nos fundos de um bar/motel na rua Pará, Bairro Araguaia, quando foi surpreendido por pelo menos cinco homens armados que invadiram o estabelecimento e mataram os dois a tiros.
Na manhã de ontem (28), o delegado Ivan Pinto da Silva, do Departamento de Homicídios, disse à Imprensa que Alessandro já tinha passagem pela polícia por tráfico de drogas e tinha um mandado de prisão preventiva em aberto. Talvez isso explique o fato de que Alessandro estava havia três meses sem aparecer em casa, conforme declarou a companheira dele para a reportagem do Jornal CORREIO, no dia do crime.
Leia mais:“Em uma ocasião tentamos capturar o Alessandro, mas a gente não teve êxito porque ele conseguiu pular o muro da casa”, informou o delegado, ao acrescentar: “Acreditamos que a motivação seja disputa por tráfico de drogas ou vingança também por tráfico”.
Perguntado se o alvo dos criminosos era apenas Alessandro ou o casal, delegado Ivan deixou bem claro que o alvo era Alessandro. “A jovem Janaína Letícia morreu porque estava acompanhada dele; ela não seria o alvo. Alessandro é do Comando vermelho e Janaína era amiga desse Alessandro, então acreditamos que seja guerra entre facções a motivação desse crime”, reafirma, acrescentando que Alessandro foi morto com quatro tiros, enquanto Janaína foi baleada apenas uma vez.
Indagado sobre os antecedentes da adolescente, o delegado explicou que, pelos depoimentos colhidos com familiares da vítima, ela tinha apenas um histórico de conflito familiar, mas não há nenhum relato de envolvimento de Janaína com o mundo do crime. “(Janaína) Não tem passagem pela polícia, mas tinha inclinação a companhias que tinham envolvimento com crimes”, resumiu o policial.
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Além do automóvel modelo Gol de cor vermelha, de placa OSZ-1753, de Rondon do Pará, que está com registro de roubo, o delegado disse que parte do bando também estava usando motocicletas.
(Chagas Filho)