O Ministério da Educação informou que o ministro Ricardo Vélez Rodríguez determinou a abertura de uma sindicância para apurar quem foi o responsável pelas mudanças no edital do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), publicadas no dia 2 de janeiro no Diário Oficial da União. As alterações passaram a permitir a presença de publicidade e de erros nas obras, além de suprimir o combate à violência contra a mulher e a promoção da cultura quilombola nos materiais.
Após repercussão das alterações na imprensa, Vélez divulgou nota anunciando a suspensão das mudanças e atribuindo as novas regras à gestão passada. O ex-ministro da Educação Rossieli Soares, no entanto, negou que o governo Temer tenha encaminhado tais mudanças para publicação. Questionado, o MEC informou nesta quinta-feira que Vélez pediu abertura de sindicância e que somente após a apuração será possível responder quem efetuou as alterações.
A equipe de transição do governo Bolsonaro já estava participando de reuniões no MEC e em órgãos vinculados ao longo de dezembro, quando alterações no edital do programa foram instruídas no governo Temer. As mudanças, segundo Rossieli Soares, tratavam apenas de questões técnicas, e não suprimiam nem adicionavam os trechos publicados no dia 2, já no governo Bolsonaro.
Leia mais:As alterações foram assinadas pelo presidente substituto do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Rogério Lot. Procurado pelo GLOBO, o órgão não retornou sobre questionamentos a respeito do episódio. (Fonte:O Globo)