As marchas, protestos e acontecimentos que levaram à criação do Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta quinta-feira (8), ainda servem como pano de fundo para milhares de jovens, mulheres maduras, mães e filhas que buscam reconhecimento no ambiente social. Elas, no entanto, precisam ser guiadas e preparadas para enfrentar o mundo lá fora, e para muitas não há pessoa melhor do que outra mulher para fazer esse trabalho. E é justamente para valorizar este legado que o CORREIO abre espaço nesta edição a fim de contar a história de quem entende a necessidade dessas mulheres e trabalha diariamente para que elas tenham sucesso. A pedagoga Débora Galúcio Coelho, coordenadora do Senac Marabá, é uma dessas pessoas.
Antes de chegar ao prédio da instituição para conversar com a gestora, a equipe de reportagem entrou em contato com ela para confirmar a disponibilidade para a entrevista. Sem demora, Débora se colocou à disposição para receber a equipe, não sem antes passa um batom nos lábios. “É pra ficar bonita para a foto do Jornal”, brinca.
#ANUNCIO
Leia mais:Com um vasto currículo na área educacional, a pedagoga acumula especialização em Gestão do Ensino Superior e Legislação Acadêmica. Também já foi professora de educação infantil, além de trabalhar como coordenadora pedagógica.
Neste último trabalho, teve que coordenar 26 professoras também da educação infantil, o que para ela foi um grande aprendizado. “Você tem que ter empatia para entender o que o outro está passando, são mulheres que têm filhos, com problemas nos casamentos e trazem isso para o trabalho, não tem como você se desvencilhar dos problemas e a gente traz isso para o dia-a-dia”. Mais tarde, em 2016, se inscreveu no processo seletivo do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, foi escolhida para assumir a gestão da instituição e mudou-se da capital Belém para Marabá.
Reafirmação
Débora terminou a graduação um pouco tarde, porque se casou jovem e logo veio a responsabilidade com os filhos. Quando retomou a vida acadêmica, a filha mais nova tinha apenas 30 dias de nascida e quase foi motivo para que ela desistisse dos estudos. Mas, essa não foi a única dificuldade que enfrentou. Quando assumiu a direção do Senac Marabá encontrou resistência apenas por ser mulher e ocupar um cargo importante.
“A gente sabe que, muitas vezes, essas relações que colocam uma representante do sexo feminino em posição de destaque deixam alguns homens intimidados”, declarou, dizendo também que isso se torna mais evidente quando a mulher é jovem e não tem experiência, o que a força a mostrar a que veio para ser respeitada. Débora falou também que usa da sua experiência pessoal para lidar com as dificuldades enfrentadas pelas usuárias da entidade do Sistema S de ensino.
“Falamos sobre a questão da postura, dela [aluna] saber se defender, dela captar os sinais da situação abusiva e isso faz com que a gente entenda qual é o nosso papel, porque muitas vezes a empresa não vê esse lado, mas a gente enquanto, instituição formadora, tem essa responsabilidade”, atesta.
Nessas ocasiões, a gestora dá dicas e recomendações às estudantes, principalmente, àquelas que fazem parte do Programa Jovem Aprendiz, para que possam se defender das situações depreciativas que podem vir a ocorrer no ambiente de trabalho e a quem devem reportar caso elas ocorram. Ademais, ela conta com o apoio de educadoras e da equipe técnica da instituição para realizar este tipo de reunião com as estudantes.
(Nathália Viegas)
As marchas, protestos e acontecimentos que levaram à criação do Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta quinta-feira (8), ainda servem como pano de fundo para milhares de jovens, mulheres maduras, mães e filhas que buscam reconhecimento no ambiente social. Elas, no entanto, precisam ser guiadas e preparadas para enfrentar o mundo lá fora, e para muitas não há pessoa melhor do que outra mulher para fazer esse trabalho. E é justamente para valorizar este legado que o CORREIO abre espaço nesta edição a fim de contar a história de quem entende a necessidade dessas mulheres e trabalha diariamente para que elas tenham sucesso. A pedagoga Débora Galúcio Coelho, coordenadora do Senac Marabá, é uma dessas pessoas.
Antes de chegar ao prédio da instituição para conversar com a gestora, a equipe de reportagem entrou em contato com ela para confirmar a disponibilidade para a entrevista. Sem demora, Débora se colocou à disposição para receber a equipe, não sem antes passa um batom nos lábios. “É pra ficar bonita para a foto do Jornal”, brinca.
#ANUNCIO
Com um vasto currículo na área educacional, a pedagoga acumula especialização em Gestão do Ensino Superior e Legislação Acadêmica. Também já foi professora de educação infantil, além de trabalhar como coordenadora pedagógica.
Neste último trabalho, teve que coordenar 26 professoras também da educação infantil, o que para ela foi um grande aprendizado. “Você tem que ter empatia para entender o que o outro está passando, são mulheres que têm filhos, com problemas nos casamentos e trazem isso para o trabalho, não tem como você se desvencilhar dos problemas e a gente traz isso para o dia-a-dia”. Mais tarde, em 2016, se inscreveu no processo seletivo do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, foi escolhida para assumir a gestão da instituição e mudou-se da capital Belém para Marabá.
Reafirmação
Débora terminou a graduação um pouco tarde, porque se casou jovem e logo veio a responsabilidade com os filhos. Quando retomou a vida acadêmica, a filha mais nova tinha apenas 30 dias de nascida e quase foi motivo para que ela desistisse dos estudos. Mas, essa não foi a única dificuldade que enfrentou. Quando assumiu a direção do Senac Marabá encontrou resistência apenas por ser mulher e ocupar um cargo importante.
“A gente sabe que, muitas vezes, essas relações que colocam uma representante do sexo feminino em posição de destaque deixam alguns homens intimidados”, declarou, dizendo também que isso se torna mais evidente quando a mulher é jovem e não tem experiência, o que a força a mostrar a que veio para ser respeitada. Débora falou também que usa da sua experiência pessoal para lidar com as dificuldades enfrentadas pelas usuárias da entidade do Sistema S de ensino.
“Falamos sobre a questão da postura, dela [aluna] saber se defender, dela captar os sinais da situação abusiva e isso faz com que a gente entenda qual é o nosso papel, porque muitas vezes a empresa não vê esse lado, mas a gente enquanto, instituição formadora, tem essa responsabilidade”, atesta.
Nessas ocasiões, a gestora dá dicas e recomendações às estudantes, principalmente, àquelas que fazem parte do Programa Jovem Aprendiz, para que possam se defender das situações depreciativas que podem vir a ocorrer no ambiente de trabalho e a quem devem reportar caso elas ocorram. Ademais, ela conta com o apoio de educadoras e da equipe técnica da instituição para realizar este tipo de reunião com as estudantes.
(Nathália Viegas)