Correio de Carajás

Pegadas de dinossauros são descobertas na Amazônia

Estudo da Universidade Federal de Roraima confirma presença de dinossauros há 110 milhões de anos e aponta potencial para parque geológico na região.

Achado inédito na Amazônia: pegadas de dinossauros/Imagens: Reprodução/ JPAVANI
✏️ Atualizado em 27/10/2025 08h02

Pesquisadores brasileiros da Universidade Federal de Roraima revelaram um achado inédito sobre dinossauros na Amazônia brasileira.

Pegadas de dinossauro estão fossilizadas em rocha e possuem diferentes tamanhos e formatos. E só foram notadas em 2011, quando um professor de geologia desconfiou de um padrão nas rochas.

“Eu vi um lajedo, que é tipo um afloramento de arenito, na altura de uns 50 centímetros a 1 metro, que não estava nos mapas. Mas eu posso te falar que aqueles dinossauros gigantes, de mais de 10 metros de altura, a gente achou pegadas, até pegadas pequenas dos velociraptors”, contou Vladimir de Souza, professor de geologia e pesquisador.

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Foram 14 anos de pesquisa liderada pela Universidade Federal de Roraima até a confirmação de que as crateras eram pegadas de dinossauros.

O estudo estima que os dinossauros habitaram a região há 110 milhões de anos. Hoje, a área é ocupada por comunidades indígenas e propriedades rurais na cidade de Bonfim, em Roraima, quase na fronteira entre Brasil e Guiana.

Seis gêneros de dinossauros foram identificados no norte de Roraima. Mas os pesquisadores acreditam que, na região, viveram dinossauros de mais de 20 gêneros diferentes.

 

Durante a pesquisa, foram descobertos vegetais que se desenvolveram nessa mesma época e que ajudaram a formar o lavrado, bioma característico do estado.

“Nós tivemos junto toda uma série de transformações da biota. Por exemplo, as plantas se diversificaram muito. A gente passa a encontrar coníferas, tipo pinheiros, plantas com flor, samambaias”, acrescentou Carlos Vieira, antropólogo.

Agora, a expectativa dos pesquisadores é de que, no local, seja criado um parque geológico para incentivar o turismo e novas descobertas.

“A gente está expandindo essa pesquisa aqui para o estado, para outros locais. E, cada vez tem se achado mais. Não estamos dando conta de tanta coisa que tem ainda para ser estudada aqui”, disse Vladimir de Souza.



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