Está recolhido desde ontem, quarta-feira (5), no Centro de Triagem Masculino de Marabá (CTMM), Edvan Alves dos Santos, conhecido como Divanzinho, acusado de participação no assassinato de Luyz Henrick de Sousa Viana, o Blindado, de 19 anos, no dia 1º de setembro deste ano. Ele foi apresentado na 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil na terça-feira (4), após um cartaz de procura-se estampando a foto dele ser veiculado pela imprensa e em redes sociais. Outra pessoa, Carlos Henrique Pereira de Souza, o Primo, já estava preso pelo mesmo crime.
Segundo a delegada Raíssa Beleboni, titular do Departamento de Homicídios da Polícia Civil, a motivação para o crime ainda não foi confirmada, mas suspeita-se que foi uma vingança após ocorrer um desentendimento entre a vítima e um familiar do Edvan. O conteúdo do depoimento prestado por ele após se apresentar ainda não foi divulgado.
“Desde o início das investigações tínhamos informações sobre o envolvimento do Edvan na ação criminosa e, através da análise de imagens colhida às proximidades do local onde o fato ocorreu e outros elementos obtidos durante a investigação, foi confirmado que ele era o responsável por pilotar a motocicleta utilizada”.
Leia mais:A autoridade policial acrescenta que o primeiro a ser preso, Carlos, estava a pé no momento da execução, tendo se escondido entre veículos que estavam estacionados na Orla Sebastião Miranda, na Marabá Pioneira, próximo do local onde os disparos foram efetuados. Ele saiu do esconderijo no momento em que visualizou a vítima, já atirando, mas contou com apoio de Edvan para o deslocamento até o ponto e, posteriormente, a fuga.
Em outubro passado a Polícia Civil prendeu na Folha 28, Nova Marabá, Carlos Henrique Pereira de Souza, durante a Operação Hades II, deflagrada em todo o estado do Pará. “O Edvan havia sido procurado pela equipe ainda em setembro, quando também teve mandado expedido pela Justiça, mas não tínhamos localizado ele nem no endereço da família e nem em outros locais onde ele pudesse estar. Por isso, na manhã de ontem (terça), tendo em vista que o procedimento estava correndo na Justiça foi confeccionado pelo Disque Denúncia o cartaz de procurado e ele soube que estava sendo procurado, tendo sido apresentado pelo pai na delegacia”.
À época do homicídio, o caso foi divulgado pelo Jornal Correio. O veículo informou, inclusive, que Luiz Henrick estaria sendo ameaçado de morte em Marabá e chegou a ser mandado pela família para Goiânia (GO), onde ficou cerca de 15 dias. Ele havia retornado há apenas três dias quando foi executado a tiros. (Luciana Marschall, com informações de Elson Gomes)