Correio de Carajás

Repórter Correio

Caixa farto

O prefeito Toni Cunha (PL), que recebeu uma Prefeitura de Marabá saneada e com dinheiro em caixa, reclamou à época. Dizia nos bastidores, aos seus assessores, que prefeitura não é banco e não tinha de estar guardando dinheiro. Ocorre que foi justamente esse recurso que lhe garantiu governabilidade nos primeiros dias. E o que dizer agora que o Município fechou o primeiro quadrimestre com mais de R$ 340 milhões em caixa?

Ritmo de tartaruga

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Tocando a prefeitura sem planos, totalmente na base da intuição, Toni vem agindo desde o início do mandato como se estivesse de pires na mão. Cortou pagamentos de fornecedores, a pretexto de promover um levantamento da relação e aqui e ali atrapalhou vários setores. De outro lado, ainda tentou jogar a opinião pública contra os vereadores, reclamando que as emendas impositivas – recurso que o vereador consegue indicar onde será investido – estariam interferindo nos cofres do Município.

Realidade

As emendas não interferem no caixa que o prefeito tem para cuidar em investimentos e, mais ainda, como falado várias vezes, são recursos que ajudam a bancar entidades do terceiro setor essenciais ao auxílio em saúde, esporte, ação social, entre outros.

Tem recurso

Foi durante audiência pública realizada na quarta-feira (18), na Câmara Municipal de Marabá, que a Secretaria Municipal de Planejamento e Controle apresentou os dados fiscais referentes ao 1º quadrimestre de 2025. O encontro teve como objetivo avaliar o cumprimento das metas fiscais e foi conduzido pelo vereador Aerton Grande, presidente da Comissão de Finanças e Orçamento.

Tem recurso II

Segundo o secretário Karan El Hajjar, a receita prevista para o ano é de R$ 1.958.145.569. Desse total, R$ 649.533.566 já foram aplicados nos primeiros quatro meses, representando um crescimento de 12,04% em relação ao mesmo período do ano anterior. O saldo em caixa no fim do quadrimestre ultrapassou R$ 340 milhões, um aumento de 103% no comparativo com 2024.

Mais gastos com pessoal

Também foi apresentado um aumento nas despesas com pessoal. Os gastos com a folha de pagamento passaram de R$ 220,8 milhões no primeiro quadrimestre de 2024 para R$ 227,7 milhões em 2025, uma elevação de 3,13%, o que corresponde a mais de R$ 7 milhões.

Agência

O Sicoob inaugura a sua agência em Marabá no próximo dia 30 de junho, em solenidade marcada para às 19h30. A agência fica na Folha 32, da Nova Marabá, com acesso pela avenida VP-8.

HIV

A agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos aprovou nesta semana o medicamento lenacapavir, vendido sob o nome comercial de Yeztugo, pela farmacêutica Gilead Sciences, como um esquema de profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP), ou seja, para prevenir uma infecção pelo vírus.

HIV II

O remédio é considerado inovador por ser injetável e demandar apenas duas aplicações ao ano para garantir uma eficácia de quase 100%. Hoje, o esquema de PrEP disponível, inclusive no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2017, envolve comprimidos orais que precisam ser tomados diariamente. Eles também reduzem o risco de uma infecção a quase zero, porém o fato de ser um tratamento diário é um entrave para a adesão.

Desmatamento

O Pará reduziu em 55% a área desmatada entre 2021 e 2024, segundo dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) — de 5.238 km² para 2.362 km². Trata-se da maior queda em área dos últimos anos na Amazônia Legal, resultado de uma estratégia combinada de repressão a crimes ambientais, tecnologia de monitoramento e políticas públicas que estimulam a mudança de uso dos recursos do solo e da floresta.

Desmatamento II

A curva de desaceleração se manteve firme em 2024, com uma queda de 28,4% na taxa anual de desmatamento. O estado também reduziu a participação nos alertas da Amazônia Legal: de 31% (2024) para 17% (2025), o menor índice em anos recentes (no acumulado entre agosto a maio, ano Prodes 2025: 38% e 29%). “Essa redução não é retórica. É resultado de uma presença constante do Estado onde antes só havia omissão. Estamos mostrando que é possível proteger a floresta e gerar desenvolvimento sustentável com base em resultados”, afirma o governador Helder Barbalho.