Correio de Carajás

Precisamos falar sobre CR7

Foto/Reprodução

Antes de tudo preciso dizer que acho Messi um jogador melhor do que Cristiano Ronaldo. Dito isso, precisamos falar sobre CR7. Do alto de seus 40 anos, ele continua insaciável, decisivo, voraz, competitivo; continua um atleta profissional, na acepção da palavra. Fez o gol que classificou Portugal para a final da Nations League, na casa dos alemães. Domingo fez o gol de empate contra a favorita Espanha, levando a decisão à prorrogação e aos pênaltis; e no final de tudo ergueu a taça.

Que homem!

O homem é uma máquina! Ele tem nada menos de 938 gols em partidas oficiais e se mantém focado na sua preparação física como se fosse um iniciante. Inclusive, recebeu proposta do River Plate para jogar o Super Mundial de Clubes, mas recusou, porque não terá como descansar no mês de julho e, se isso acontecer, pode não estar em forma para a Copa de 2026. “Não se pode ter tudo”, resumiu CR7.

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Ele quer a Copa!

Mas essa recusa é um sinal de que ele está obcecado por ganhar o título que ainda lhe falta: uma Copa do Mundo. E acredite: Portugal tem time para competir entre as melhores seleções da Copa. Já pensou se CR7 consegue este feito? Já pensou se alcança seu milésimo gol em jogos oficiais durante a Copa? Que história estamos vendo com nossos olhos! Que história!

Um contraponto

Mas tudo isso me faz lembrar do seu oposto: Neymar! Jogador bem mais habilidoso que CR7, bem mais genial, bem mais criativo e – principalmente – bem mais jovem. Os dois nasceram no mesmo dia, com uma diferença de sete anos. Neymar tem só 33. Mas a principal diferença entre eles não precisa ser dita. Ela está diante dos olhos de quem tem coragem de enxergar. E é uma pena para a Seleção Brasileira, uma pena.

Xeque mate

Voltando à primeira frase desse texto, CR7 e Messi entenderam – cada um a seu modo – que para ser um ídolo é preciso muito mais do que saber jogar; é preciso entender seu tamanho e se comportar como tal. Quanto a Neymar, ele nunca entendeu nada.

 

Observação: As opiniões contidas nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do CORREIO DE CARAJÁS.