Correio de Carajás

Especialista esclarece mitos sobre a doação de sangue

Doar sangue, além de um ato de solidariedade que afaga o coração e salva vidas. Para lembrar da importância da doação, neste domingo (25), é celebrado o Dia Mundial do Doador de Sangue, que além de homenagear as pessoas que reservam um tempinho do seu dia para doar, também serve para informar e conscientizar a população sobre a sua importância.

Segundo Jorge Godoy Bezerra, especialista em hematologia, é importante que as pessoas tenham o hábito de doar, pois o sangue é vital para vários procedimentos cirúrgicos.

A doação é um processo rápido e extremamente seguro, tanto que qualquer pessoa entre 16 e 69 anos, em perfeitas condições de saúde, pode doar.

Leia mais:

“É preciso alguns cuidados após a doação, como esperar, aproximadamente, 15 minutos sentado no local após o procedimento, se alimentar e se hidratar em seguida, evitar esforço físico por 12 horas e beber bastante líquido durante todo o dia. Doar sangue até pode doer um pouquinho por causa da agulha, mas salva vidas”, afirma o especialista.

Depois de se tornar doadora, a estudante de Direito Andressa Ventilari, 24, não deixa de incentivar as pessoas ao seu redor, como familiares e amigos. Ela acredita que está fazendo o bem e, principalmente, a diferença por saber que está ajudando a salvar vidas.

“A doação pode salvar vidas, pode ser de um amigo, um parente ou até mesmo a sua. É uma oportunidade de exercer o bem às pessoas que têm a vida dependendo deste ato simples”, diz a estudante.

Segundo especialistas, até quatro vidas podem ser salvas por um doador de sangue. Apesar de simples e rápido, a doação de sangue ainda não é um hábito comum entre os brasileiros.

Dados recentes do Ministério da Saúde mostram que, atualmente, 1,6% da população brasileira doa sangue, o que significa um índice de 16 doadores para cada grupo de mil habitantes. Jovens com idade entre 18 e 29 nos, segundo a pesquisa, são maioria, respondendo por 42% do total de doações registradas no país.

O percentual de doadores (1,6%) está dentro dos parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS) – de pelo menos 1% da população, segundo o ministério. Porém, o governo quer aumentar o número de doadores.

Quem pode doar sangue?

O especialista explica que existem alguns impedimentos temporários para doação, como resfriado (esperar até 7 dias depois do desaparecimento dos sintomas); gravidez, 90 dias após o parto normal e 180 dias após cesariana; amamentação (se o parto ocorreu há menos de 12 meses); ingestão de bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação e tatuagem/ maquiagem definitiva nos últimos 12 meses.

(DOL)