Imagine uma lama de esgoto com dejetos na porta de sua casa. Assim estão vivendo os moradores de algumas ruas do Residencial Tiradentes, que fica entre São Félix e Morada Nova. Uma dessas rua é a Raniere Oliveira Costa. O problema aqui já não é mais assunto apenas para a Secretaria Municipal de Obras. O caso já entra na competência da Saúde e da Vigilância Sanitária. As imagens falam mais do que mil palavras, mas os moradores falam também.
É o caso da aposentada Eunice de Jesus reclama que já não tem mais a quem recorrer. “Ninguém socorre a gente. Então nós estamos aqui jogados igual um bocado de cachorro, que não tem atendimento de nada. Quando precisam de um voto, correm até na porta. Se a gente pode socorrer eles, eles não podem socorrer a gente?”, questiona.

O mototaxista Jaildo Rodrigues da Silva reclama que, por enquanto, só foram feitas promessas, mas nenhum serviço de verdade. “Estão dizendo que vêm fazer as coisas aqui, não fizeram foi nada até agora”, reafirma, ao alertar que toda essa nojeira pode gerar doenças, principalmente nas crianças.
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“A situação nossa aqui é muito difícil”, desabafa Osorino Pereira da Silva, outro morador da Quadra 43 da Rua Raniere Santana Oliveira Costa. “Ninguém faz nada por nós. Estamos jogados aqui… Essa lama podre é de inverno a verão, ela nunca seca”, acrescenta, ao dizer ainda que a casa precisa estar o tempo inteiro fechada, porque ninguém suporta o fedor da lama podre.

Como é de praxe, solicitamos uma resposta da Prefeitura de Marabá sobre o problema que atinge diretamente a população do bairro. Porém, mais uma vez, a prefeitura nos deu o silêncio como resposta.
(Chagas Filho)