A Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) realiza nesta sexta-feira, 23, a Feira Plantando o Bem na Praça do Bairro Palmares Sul, em Parauapebas. Ontem, quinta-feira, 22, a Ufra realizou a feira na quadra de esporte da Escola Municipal Chico Mendes, no Bairro Cidade Nova, promovendo atividades sócio-ambientais e expondo os projetos desenvolvidos pelos acadêmicos da universidade na área de criação de abelha e produção de mel, extração de essências de árvores para uso medicinal e na indústria de cosméticos, produção de compostagem, assim como expôs animais e insetos que fazem parte da fauna brasileira, especialmente do bioma amazônico.
Essa é mais uma das atividades que fizeram parte da programação da Semana da Árvore, que encerra nesta sexta-feira, com a formatura, a partir de 18 horas, dos alunos do Projeto Jovem Ambientalista, que acontece no Centro de Desenvolvimento Cultural (CDC), no Bairro Cidade Nova.
#ANUNCIO
Leia mais:De acordo com a professora Selma Lopes Gulart, coordenadora do Projeto Ufra na Comunidade, a Feira Sócio-ambiental surgiu há dois anos como forma de celebrar o Dia da Árvore, que é comemorado nesta época em Parauapebas, por ser o período chuvoso, que propicia o plantio e germinação de espécies vegetal. Vale ressaltar que o Dia da Árvore, no calendário nacional, é comemorado no dia 21 de Setembro.
Segundo ela, a iniciativa visa levar a universidade para junto da comunidade, para que sejam conhecidos os projetos acadêmicos e também se aprenda como cuidar do meio ambiente, se beneficiando do que existe na natureza e, principalmente, para formação de um cidadão consciente da importância de preservação dos recursos naturais, como as árvores e a água, que são importantes para a vida no planeta.
“Nós levamos essas informações à comunidade e orientamos sobre os cuidados para termos um meio ambiente melhor”, diz a professora. Ela observa que nas feiras a criançada participa dos jogos da natureza, onde, de forma divertida, aprendem a cuidar do meio ambiente.
Também aprendem que na floresta não existe apenas árvores que servem para fazer madeira, lá existe uma variedade de espécies que produzem frutos comestíveis, sementes usadas na medicina e também na alimentação, assim como a exploração consciente desses recursos, para não depredar o meio ambiente. “Nós precisamos saber conviver com a natureza, explorando seus recursos, mas sabendo preservá-la, para que no futuro não soframos ainda mais danos, como já estamos sofrendo, por conta da devastação irracional das floretas e poluição dos nossos cursos hídricos”, frisa Selma.
Além da questão ambiental, também foi feita exposição falando sobre os povos da floresta, que há milênios sabem como conviver harmonicamente com a natureza. “Estamos expondo as plantas que eles utilizam em seus rituais e na cura”, ressalta, observando que esse projeto a Ufra realiza em parceria com o município de Parauapebas, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), ICMBio e outros parceiros.
Aluna do curso de Engenharia Florestal, Juliene Lima, se disse feliz em, pela primeira vez, estar participando da feira. Ela estava orientando sobre os benefícios do pau-de-mulateiro, considerada a árvore da vida na Amazônia, porque se auto renova, expelindo as cascas secas.
Ela observa que essa é uma espécie não muito conhecida nessa região, mas muito conhecida em outras partes da Amazônia, como é o caso do Estado do Amazonas, que já o utiliza na indústria de cosmético. Ele possui substância que combate o envelhecimento.
Francislene Sucupira, professora da Ufra, explica que neste ano decidiram levar para a feira projetos multidisciplinares, envolvendo as disciplinas de bioquímica, com produtos florestais, não madeireiros, feitos pelos alunos dos cursos de Agronomia e Engenharia Florestal. “Nós pedimos aos alunos para escolher produtos que fossem extraídos da floresta Amazônica e explicassem detalhadamente todo o processo feito com cada produto, desde a extração até o beneficiamento e uso comercial. Inclusive, foi feita a identificação da composição química desses produtos e a estrutura química de cada elemento”, detalha a professora.
Ela observa que os recursos florestais existentes na Amazônia são imensuráveis. “Todo mundo precisa saber o quanto a floresta Amazônica é rica. Infelizmente, boa parte dos produtos extraídos é beneficiado fora do Brasil. Por isso, é importante que saibamos que nós precisamos lutar pelos nossos produtos e que ainda há muito a ser descoberto na floresta, mas precisamos cuidar dela”, aconselha a professora. (Tina Santos)
Foto: Tina Santos
A Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) realiza nesta sexta-feira, 23, a Feira Plantando o Bem na Praça do Bairro Palmares Sul, em Parauapebas. Ontem, quinta-feira, 22, a Ufra realizou a feira na quadra de esporte da Escola Municipal Chico Mendes, no Bairro Cidade Nova, promovendo atividades sócio-ambientais e expondo os projetos desenvolvidos pelos acadêmicos da universidade na área de criação de abelha e produção de mel, extração de essências de árvores para uso medicinal e na indústria de cosméticos, produção de compostagem, assim como expôs animais e insetos que fazem parte da fauna brasileira, especialmente do bioma amazônico.
Essa é mais uma das atividades que fizeram parte da programação da Semana da Árvore, que encerra nesta sexta-feira, com a formatura, a partir de 18 horas, dos alunos do Projeto Jovem Ambientalista, que acontece no Centro de Desenvolvimento Cultural (CDC), no Bairro Cidade Nova.
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De acordo com a professora Selma Lopes Gulart, coordenadora do Projeto Ufra na Comunidade, a Feira Sócio-ambiental surgiu há dois anos como forma de celebrar o Dia da Árvore, que é comemorado nesta época em Parauapebas, por ser o período chuvoso, que propicia o plantio e germinação de espécies vegetal. Vale ressaltar que o Dia da Árvore, no calendário nacional, é comemorado no dia 21 de Setembro.
Segundo ela, a iniciativa visa levar a universidade para junto da comunidade, para que sejam conhecidos os projetos acadêmicos e também se aprenda como cuidar do meio ambiente, se beneficiando do que existe na natureza e, principalmente, para formação de um cidadão consciente da importância de preservação dos recursos naturais, como as árvores e a água, que são importantes para a vida no planeta.
“Nós levamos essas informações à comunidade e orientamos sobre os cuidados para termos um meio ambiente melhor”, diz a professora. Ela observa que nas feiras a criançada participa dos jogos da natureza, onde, de forma divertida, aprendem a cuidar do meio ambiente.
Também aprendem que na floresta não existe apenas árvores que servem para fazer madeira, lá existe uma variedade de espécies que produzem frutos comestíveis, sementes usadas na medicina e também na alimentação, assim como a exploração consciente desses recursos, para não depredar o meio ambiente. “Nós precisamos saber conviver com a natureza, explorando seus recursos, mas sabendo preservá-la, para que no futuro não soframos ainda mais danos, como já estamos sofrendo, por conta da devastação irracional das floretas e poluição dos nossos cursos hídricos”, frisa Selma.
Além da questão ambiental, também foi feita exposição falando sobre os povos da floresta, que há milênios sabem como conviver harmonicamente com a natureza. “Estamos expondo as plantas que eles utilizam em seus rituais e na cura”, ressalta, observando que esse projeto a Ufra realiza em parceria com o município de Parauapebas, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), ICMBio e outros parceiros.
Aluna do curso de Engenharia Florestal, Juliene Lima, se disse feliz em, pela primeira vez, estar participando da feira. Ela estava orientando sobre os benefícios do pau-de-mulateiro, considerada a árvore da vida na Amazônia, porque se auto renova, expelindo as cascas secas.
Ela observa que essa é uma espécie não muito conhecida nessa região, mas muito conhecida em outras partes da Amazônia, como é o caso do Estado do Amazonas, que já o utiliza na indústria de cosmético. Ele possui substância que combate o envelhecimento.
Francislene Sucupira, professora da Ufra, explica que neste ano decidiram levar para a feira projetos multidisciplinares, envolvendo as disciplinas de bioquímica, com produtos florestais, não madeireiros, feitos pelos alunos dos cursos de Agronomia e Engenharia Florestal. “Nós pedimos aos alunos para escolher produtos que fossem extraídos da floresta Amazônica e explicassem detalhadamente todo o processo feito com cada produto, desde a extração até o beneficiamento e uso comercial. Inclusive, foi feita a identificação da composição química desses produtos e a estrutura química de cada elemento”, detalha a professora.
Ela observa que os recursos florestais existentes na Amazônia são imensuráveis. “Todo mundo precisa saber o quanto a floresta Amazônica é rica. Infelizmente, boa parte dos produtos extraídos é beneficiado fora do Brasil. Por isso, é importante que saibamos que nós precisamos lutar pelos nossos produtos e que ainda há muito a ser descoberto na floresta, mas precisamos cuidar dela”, aconselha a professora. (Tina Santos)
Foto: Tina Santos