Correio de Carajás

Israel anuncia morte do chefe do Hezbollah após bombardeio na capital do Líbano

Segundo o porta-voz militar Avichay Adraee, Sayyed Hassan Nasrallah morreu após ataque israelense nos subúrbios ao sul de Beirute, no Líbano.

Hassan Nasrallah durante discurso em Beirute, no Líbano — Foto: Joseph Eid/AFP

As Forças de Israel informaram neste sábado (28) que o chefe do Hezbollah , Sayyed Hassan Nasrallah, está morto. Segundo o porta-voz militar de língua árabe, Avichay Adraee, Nasrallah morreu após o ataque israelense de sexta-feira ( 27), nos subúrbios ao sul de Beirute, no Líbano.

Na sexta, o Hezbollah confirmou que perdeu o contato com o chefe do grupo, Hassan Nasrallah, após Israel lançar um ataque mirando o QG do Hezbollah em Beirute.

Israel anuncia morte de chefe do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah — Foto: Reprodução
Israel anuncia morte de chefe do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah — Foto: Reprodução

De acordo com o porta-voz militar, Nasrallah vinha aterrorizando Israel há décadas e foi um dos terroristas mais influentes do mundo. Ele acrescentou que sob a chefia do terrorista, o Líbano se tornou uma base armada.

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Avichay Adraee informou também outros comandantes importantes do Hezbollah estavam reunidos com Nasrallah no momento dos ataques israelenses e que todos podem ter morrido.

Segundo o porta-voz, o bombardeio israelense tinha como objetivo atingir Nasrallah. Um oficial do governo afirmou ainda que a missão era neutralizar a ameaça que o grupo oferece.

Até a última atualização desta reportagem o Hezbollah não havia se pronunciado oficialmente sobre o paradeiro de Nasrallah. O governo do Irã, que apoia o grupo extremista, informou que estava checando a condição dele.

Retrato do líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah. — Foto: Aziz Taher/Reuters
Retrato do líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah. — Foto: Aziz Taher/Reuters

Israel vê Nasrallah como “insubstituível” e acredita que a morte do chefe do Hezbollah pode enfraquecer o grupo.

O tenente-coronel Nadav Shoshani afirmou que Israel está em alerta máximo para um conflito mais amplo, após a eliminação do líder do Hezbollah.

“Esperamos que isso mude as ações do Hezbollah”, disse Shoshani.

 

O militar disse também que ainda há um caminho a percorrer para degradar as capacidades do Hezbollah. “Temos visto o Hezbollah realizar ataques contra nós por um ano. É seguro assumir que eles continuarão realizando seus ataques contra nós ou tentarão”, disse.

O bombardeio de sexta a Beirute deixou seis pessoas mortas e outras 91 feridas, segundo o Ministério da Saúde do Líbano. O ataque aconteceu pouco tempo depois de o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, discursar na ONU.

Na madrugada de sábado (28), pelo horário local — noite de sexta-feira (27), no Brasil — novas explosões foram reportadas em Beirute. Israel afirmou que estava bombardeando alvos com armamento do Hezbollah.

700 mortes

Só nesta semana, 700 pessoas morreram no Líbano em ataques, segundo as autoridades do país. Além dos seis mortos no bombardeio a Beirute, outras 25 pessoas perderam a vida em ataques no sul do país, incluindo quatro crianças.

Do outro lado, as forças israelenses disseram que o Hezbollah lançou mísseis contra a cidade de Haifa, a terceira maior de Israel.

Ainda em Israel, milhares de pessoas que vivem no norte do país tiveram de deixar suas casas por conta dos lançamentos de mísseis e foguetes pelo Hezbollah — o governo israelense prometeu que a nova fase no conflito só terminará quando os moradores conseguirem retornar com segurança.

Netanyahu rejeitou na quinta uma proposta de cessar-fogo de 21 dias conjunta feita por diversos países, entre eles os Estados Unidos, o Reino Unido e os Emirados Árabes.

(Fonte:G1)