Teve início na manhã desta quinta-feira (26), no Fórum Juiz José Elias Monteiro Lopes, o julgamento de Elias Alves da Silva, conhecido como “Negão”, acusado de homicídio qualificado. O crime ocorreu em 22 de dezembro de 2021, no comércio da vítima, localizado no Núcleo São Félix I, em Marabá. Antônio Eildon Guimarães, conhecido como “Ceará”, de 60 anos, foi golpeado três vezes sob a axila. Ele foi socorrido e levado ao Hospital Municipal de Marabá (HMM), mas não resistiu aos ferimentos.
Quase três anos após o ocorrido, Elias Alves da Silva está sendo julgado. A acusação é conduzida pelo Ministério Público do Pará (MPPA), representado pela promotora Cristine Magella Corrêa Lima. A juíza Alessandra Rocha da Silva Souza preside o júri, enquanto a defesa é realizada pelos advogados Hugo Ferreira dos Santos e Igor Lopes Ferreira.
Em entrevista ao Correio de Carajás, o advogado Hugo Ferreira apresentou a linha de defesa: “Nossa sustentação se baseia na ausência de provas contundentes”, afirma. Segundo ele, a promotoria não dispõe de evidências que justifiquem uma condenação. O advogado ainda destacou que o réu agiu em legítima defesa. “Aguardamos a decisão do tribunal e, a partir disso, saberemos se recorreremos ou não”, conclui.
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Antônio Eildon Guimarães, foi morto a facadas dentro de próprio comércio no Núcleo São Félix I. Ele chegou a ser socorrido, mas faleceu no Hospital Municipal de Marabá (HMM). Elias Alves da Silva, à época mototaxista clandestino, é acusado do crime. A moto usada no dia do assassinato foi recuperada pela Polícia Militar, apresentando manchas de sangue no paralama dianteiro. O veículo foi encontrado abandonado na estrada entre Morada Nova e Murumuru, a cerca de 15 quilômetros do local do crime.
Duas versões circulam sobre a motivação. Em uma delas, Elias possuía uma dívida com Antônio, e a negativa de vender fiado teria gerado a discussão que resultou no homicídio. Na outra versão, Elias já havia quitado a dívida no dia anterior, mas ao tentar comprar novamente, foi impedido pela vítima, levando ao ataque.
O julgamento está em andamento no Tribunal do Júri de Marabá, onde quatro homens e três mulheres decidirão a sentença de Elias Alves da Silva.
(Milla Andrade)