Correio de Carajás

Menino de 13 anos foi queimado vivo a mando de traficante de 19 anos

Um dos crimes mais cruéis já visto no Distrito Federal: assim definiu o delegado Joás de Souza Rosa sobre a morte do adolescente Charles de Souza Bezerra, de 13 anos, no último dia 23 de agosto. De acordo com a perícia, o garoto foi queimado vivo por nove adolescentes, por causa de uma dívida de drogas no valor de R$ 200. A vítima teria inalado a fumaça das próprias queimaduras, segundo a investigação.

De acordo com a Polícia do Distrito Federal, o mandante do assassinato é Klinger Chagas Mineiro Júnior, 19 anos, conhecido como “China”, suspeito de praticar tráfico de drogas na região.

Os nove adolescentes que participaram do crime eram usuários de droga e tinham dívidas com o mandante do crime, de acordo com as investigações. Mas a dívida maior era de Charles, que “estaria enrolando para pagar”. Klinger ofereceu perdão da dívida caso os adolescentes concordassem em participar do homicídio. A vítima foi, então, atraída para uma emboscada.

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Em parque, foi violentamente espancado, com pauladas, pedradas e facadas, antes de ser queimado vivo – situação comprovada por laudo de necropsia, que aponta morte por asfixia.

Os demais envolvidos no crime, com idades entre 14 e 15 anos, eram cinco colegas de escola da vítima, o Centro Educacional 6. A vítima sofria de problemas mentais

FAMÍLIA NEGA DÍVIDA

A versão da dívida de entorpecentes, no entanto, é negada pela família da vítima. Eles afirma que Charles tinha problemas psicológicos e não usava drogas.

“Ele era muito inocente e não teve malícia para perceber que iam matá-lo”, diz a tia de Charles, Maria de Oliveira,34 anos, em entrevista ao portal Metrópoles.

ACUSADO NEGA

O assassino, Klinger, nega que tenha sido acerto de dívida de drogas e que tenha reunido os menores para o homicídio em troca de perdão. Disse também que não traficava mais drogas. A Polícia, no entanto, acredita que dívida de drogas tenho sido a maior motivação.

Klinger responderá por homicídio qualificado (crueldade e motivo fútil). O mandado de prisão já existia há 30 dias, mas era necessário aguardar o fim do período eleitoral. O mandante foi preso nesta quarta-feira (30), em uma casa em Ceilândia. Os nove menores estão apreendidos. Responderão por ato infracional equivalente a homicídio qualificado.

(DOL com informações do portal Metrópoles)