Correio de Carajás

ONU conclui que Israel e Hamas cometeram crimes

No caso de Israel, comissão apontou que ações militares resultaram em crimes contra a humanidade devido ao grande número de civis mortos. Relatórios foram publicados nesta quarta-feira (12).

Tanque de Israel perto da fronteira com a Faixa de Gaza — Foto: Jack Guez / AFP

Uma investigação da ONU aponta que Israel e o Hamas cometeram crimes de guerra, no fim de 2023. Em dois relatórios publicados nesta quarta-feira (12), a Comissão de Inquérito das Nações Unidas (COI) afirmou que Israel também cometeu crimes contra a humanidade devido ao grande número de civis mortos em territórios palestinos.

A comissão elaborou dois inquéritos paralelos. Um investigou os ataques do Hamas contra Israel, no dia 7 de outubro de 2023, enquanto o outro apurou a resposta militar israelense. Os investigadores analisaram diversas fontes de informação, incluindo relatos de vítimas, imagens de satélite e relatórios médicos.

Segundo as investigações, que levaram em conta fatos ocorridos até o fim de 2023, tanto Israel quanto o Hamas cometeram crimes como tortura e tratamento desumano ou cruel.

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No caso do Hamas, os relatórios apontam que o grupo terrorista promoveu assassinatos em massa em locais públicos no dia em que atacou Israel. Também foi identificado um padrão de violência sexual por parte de grupos armados palestinos.

Já em relação a Israel, a comissão acusa o país de usar a fome como método de guerra, agindo para impedir a chegada de suprimentos essenciais — como alimentos, água e remédios — para civis que vivem na Faixa de Gaza.

O relatório também destacou o uso israelense de armas de grande poder de destruição em áreas urbanas.

“O imenso número de vítimas civis em Gaza e a destruição generalizada de infraestruturas civis foram o resultado inevitável de uma estratégia empreendida com a intenção de causar o máximo dano, desrespeitando os princípios da distinção, proporcionalidade e precauções adequadas”, afirmou a COI.

O embaixador de Israel na ONU em Genebra, Meirav Eilon Shahar, rejeitou as conclusões.

“A COI provou mais uma vez que as suas ações estão todas ao serviço de uma agenda política estreita contra Israel”, disse.

 

As conclusões das investigações serão discutidas pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, na próxima semana.

(Fonte:G1)