Correio de Carajás

Jacundá debate segurança pública

Nos últimos meses a população jacundaense vem testemunhando o aumento da violência nas ruas da cidade. Assaltos à mão armada, furtos, roubos, mortes e arrombamento de residências são mostrados diariamente nas redes sociais. E o assassinato brutal da professora e comerciante Lucinéia Alves dos Santos, de 46 anos, mais conhecida por Néia, foi o estopim para um pedido de clamor.

A audiência pública sobre segurança aconteceu na manhã de quarta-feira, 24, no Plenário Dr. Ulisses Guimarães, com a participação de organismos da sociedade civil organizada, 8 dos três vereadores, tenente Thiago S. Cruz, Cristine Ferreira Aguiar, do Conselho Integrado de Segurança e Justiça de Jacundá (CISJU), Itonir Tavares, presidente da Associação Comercial e Industrial de Jacundá (ACIJ), e Valquíria Vale, chefe de gabinete do prefeito Ismael Barbosa e também populares e familiares da professora assassinada na semana passada.

“Diante desses acontecimentos solicitamos à Mesa Diretora da Câmara de Jacundá para convocar a audiência pública sobre segurança pública, onde tiramos vários encaminhamentos e ações”, explica o vereador Daniel Siqueira Neves, o Daniel dos Estudantes, propositor da audiência.

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Ildo Matos, representante do Centro Comunitário de Jacundá, criticou a ausência de representantes dos órgãos de segurança pública do Estado (Veja box abaixo) e a interferência política nos atos policiais e DMTU.

Por sua vez, o coordenador do Conselho da Juventude, Zaqueu Catarino sugeriu a criação do Plano Municipal de Segurança Pública e exigir do Estado e Município suas responsabilidades, e também a estruturação do Departamento Municipal de Trânsito Urbano (DMTU), Polícia Militar e civil, “principalmente sem interferência política”.

Em caráter deliberativo, audiência pública aprovou ações para combater a crescente violência na cidade de Jacundá, tais como presença ativa da Polícia Militar e DMTU nas ruas da cidade, criação do Conselho Municipal de Segurança e mais atenção do Estado.

A primeira investida foi realizada na noite de quarta-feira, com o título de “Operação Saturação”, a missão tem como finalidade “prevenir ilícitos no município”, justificou o major Fábio Rayol, informando que na primeira noite, ontem, a operação realizada nos bairros Alto Paraíso e Cidade Nova, no horário de 19h às 22, apreendeu seis motos irregulares e fez abordagens de mais 11 motos, 4 carros, 3 bicicletas e 15 transeuntes.

FALTOSOS

Sem a presença do juiz da Comarca de Jacundá, Edinaldo Antunes, que justificou a ausência por estar em audiência do fórum; também não participou o promotor de Justiça, Sávio Ramon Batista da Silva; comandante da 18ª CIMP, major Fábio Rayol, que estava em Tucuruí, e enviou como representante o tenente S. Cruz; delegado Marco Mayer, substituto de Sérgio Máximo até semana que vem não compareceu, e nem o delegado titular; como também o prefeito Ismael Barbosa e cinco vereadores não marcaram presença na audiência pública, e devido compromissos já agendados, o secretário de Estado de Segurança, Delegado Geral da Polícia Civil e outras autoridades convidadas não participaram do evento. (Antônio Barroso-freelancer)

Síntese

Entre as deliberações da audiência pública está a presença ativa da Polícia Militar e DMTU nas ruas da cidade, além da criação do Conselho Municipal de Segurança e mais atenção por parte do governo do Estado. Essa talvez seja a deliberação mais difícil, posto que o Estado sequer enviou representante para a audiência pública.