Realizada há uma década, a tradicional Festa do Cajá está enraizada na cultura do município de Curionópolis. Em sua 10ª edição, este ano o evento aconteceu no dia 27, sábado, na Vila Curral Preto e envolveu os Projetos de Assentamento (PA) Ipiranga, Cachoeira Preta, Barreiro Coral e Sereno.
O cajá, também conhecido como taperebá, é uma importante geração de renda e emprego no município.
Idealizada e organizada pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), em conjunto com a Prefeitura Municipal e a Associação dos Pequenos e Médios Produtores Rurais do Leandro (Asprul), a festividade animou o final de semana de dezenas de pessoas.
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Logo nas primeiras horas do sábado, às 8 horas, a Festa do Cajá recebeu a bênção do pastor Clóvis, responsável por liderar o culto ecumênico que deu início à programação.
A festa seguiu com uma cavalgada que reuniu cavaleiros e amazonas. Ao final do trajeto, os participantes recuperaram as energias com um churrasco. Além disso, durante a festividade foram vendidos produtos derivados do cajá, como vinho, pudim, licor, doces, bolos e também comidas típicas.
Quem esteve presente pôde participar de palestras técnicas e aproveitar apresentações musicais até o início da noite, que ficaram por conta de artistas da terra, entre eles Mazinho e banda.
Culturalmente rica, a programação incluiu desfile, concurso da “Miss Cajá” e distribuiu medalhas para catadores de cajá, a melhor comitiva da cavalgada, tocador de berrante e adestramento de animais.
ORGANIZAÇÃO
A Festa do Cajá é promovida pela Asprul e Emater, com o apoio da gestão municipal.
Raimundo Jorge Lima, coordenador local da Emater em Curionópolis, propôs ampliar a parceria com a prefeitura, no que diz respeito ao pessoal e a logística. “Para ter mais condições de trabalho visando o fortalecimento da agricultura familiar”, justificou.
O apoio com suporte financeiro e suporte logístico é reforçado por Fernando Araújo, engenheiro florestal e supervisor da Emater na regional Marabá. Ele expressa seu desejo de melhorar as parcerias locais para as próximas edições da Festa do Cajá.
“Damos total apoio para a realização do evento, disponibilizando apoio técnico através do Claudenízio Rodrigues Mota (coordenador local da Emater em Eldorado dos Carajás) e da Débora Vieira, engenheira agrônoma”.
O FRUTO
A safra de cajá, que começou em dezembro de 2023, se estende até abril de 2024 e já produziu mais 300 toneladas. Sua comercialização é realizada com as cooperativas e proporciona às famílias envolvidas um lucro de mais de um milhão de reais, no total. O valor da fruta in natura é R$ 2,50 e processada em polpa chega a R$ 13.
A incidência natural de árvores de cajá em toda a Curionópolis constitui uma atividade extrativista importante e a festa visa estimular a preservação e ampliação da fruticultura com a cultura desta e de outras frutas regionais, como açaí, cupuaçu e acerola.
A cajazeira também é conhecida pelos nomes de taperebá, trapevá, acaiá, acaiaba, acajá, acajaíba, ambaló, ambareira, ambareiro, ambaró, cajaeiro, cajarana, entre outros.
(Luciana Araújo, com informações da Emater)