O Dia do Jornalista é comemorado em 7 de abril. Para homenagear os profissionais que têm como papel principal informar a sociedade, o Correio de Carajás conta a trajetória do comunicador Waldyr Pereira Silva.
Waldyr é um vanguardista na profissão. Aos 73 anos de idade, ele viu o jornalismo mudar a forma e os meios de se comunicar, mas soube se adequar a todas as mudanças, pois, como ele bem define, a essência do bom profissional ultrapassa o tempo.
“O jornalista que presa pela notícia leva a informação certa, mantém a verdade no que ele faz. Um verdadeiro jornalista continua escrevendo com seriedade, imparcialidade, levando informação, com responsabilidade”, defende o senhor esbelto e de cabelos brancos, que adquiriu com as quatro décadas de trabalho entre Belém, Marabá, Jacundá e Parauapebas.
Leia mais:O comunicador iniciou na profissão aos 35 anos de idade, no jornal Correio do Tocantins, hoje, apenas Jornal Correio. “Fui representante do jornal quando ainda era Correio do Tocantins, em Belém, durante oito anos. Ele era impresso por lá, eu recebia o material, levava para gráfica, e depois mandava o jornal impresso de avião para Marabá”, relembra.
Em 2024, o jornalista completa 39 anos de profissão. Ele confessa que sempre achou a profissão muito bonita e enveredou para o jornalismo escrito.
Waldyr foi criado em Carolina, no Maranhão, chegando ao Pará em 1972, tendo ido residir em Belém e depois Marabá. Entretanto, é Parauapebas que ele chama de lar desde 2001.
“Quando cheguei em Parauapebas, existia mais de dez jornais impressos, hoje não tem nenhum. Eu vejo isso como uma transformação social, a gente vai evoluindo e as redes sociais chegaram para levar a informação com mais rapidez”, reconhece.
Ele relembra que o jornalista Mascarenhas Carvalho, fundador do Correio do Tocantins, datilografava as matérias que seriam impressas, e hoje, com a internet, o profissional redige do lugar em que está e consegue publicá-la quase que simultaneamente ao fato. É assim que faz o filho de Waldyr, Bariloche Silva, dono do Pebinha de Açúcar.
Ao mesmo tempo que o jornalista comemora a evolução da comunicação, ele também lamenta a celeridade com que as desinformações são divulgadas.
“É lamentável que exista essas fake news. É preciso estar atento a este tipo de conteúdo e sempre checar as informações. Tenha mais de uma fonte”, destaca Waldyr, ao citar que há profissionais que infelizmente compartilham uma informação do jeito que recebem, sem confirmar.
Atualmente, o jornalista atua como locutor na rádio da Câmara Municipal de Parauapebas, e recorda-se com alegria a trajetória profissional que construiu em quase quatro décadas.
“Eu sempre primei pela seriedade e responsabilidade ao levar a informação, me sinto muito honrado em compartilhar ensinamentos com os colegas jornalistas que admiro muito pelo talento que eles têm, como o Ulisses, o Chagas, o Patrick”, exemplifica.
BEM VINDO, DAVI!
A maneira de informar e consumir a notícia tornou-se mais dinâmica, com isso, o mercado exige um profissional multifacetado. O estudante de jornalismo Davi Andrade, 22 anos, converge as habilidades desse novo perfil.
Ele apaixonou-se pelo jornalismo no final do ano de 2019, depois de encerrar um contrato de Jovem Aprendiz em uma empresa que é terceirizada de uma mineradora, e começar a trabalhar como operador máster no Grupo Correio de Comunicação, em Parauapebas. “Quando conheci o cenário da comunicação eu simplesmente me apaixonei”, revela.
Atualmente, Davi é cinegrafista da TV Correio, mas confessa ter um fascínio por aprender os mecanismos desde a edição até a exibição do jornal. No entanto, confidencia que almeja estar à frente das câmeras como repórter no telejornalismo.
“O jornalismo foi um amor à primeira vista. Eu fico maravilhado como a televisão alcança a casa das pessoas”, e foi esse sentimento de Davi que o fez decidir por cursar jornalismo, para ter o embasamento teórico sobre a área.
Assim como o veterano Waldyr Pereira, Davi pontua que a ética no jornalista é fundamental para permanecer na profissão.
ORIGEM DO DIA DO JORNALISTA
A data tem origem na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), que a criou em 1931, em memória de Giovanni Battista Libero Badaró, médico e jornalista. Badaró foi assassinado em 22 de novembro de 1830, em São Paulo, por seus opositores políticos. Seu assassinato gerou um movimento popular que contribuiu para a abdicação de D. Pedro I do trono brasileiro em 7 de abril de 1831, em favor de seu filho, D. Pedro II, com apenas 14 anos.
A ABI, fundada em 7 de abril de 1908, também desempenhou um papel importante na instituição do Dia do Jornalista, com o objetivo de garantir os direitos dos profissionais da área. (Theíza Cristhine)