A vacina contra a Covid-19, além de ser segura e eficaz em gestantes, também pode ser benéfica para os recém-nascidos. Um estudo internacional descobriu que os bebês de mães que foram vacinadas com reforço durante a gestação tinham um risco menor de desenvolver a infecção em comparação com os filhos de mães que não foram vacinadas.
A pesquisa também mostrou que os recém-nascidos de mães vacinadas contra a Covid também tiveram taxas mais baixas de parto prematuro, de síndrome do desconforto respiratório e menos dias de internação na UTI neonatal. Os achados foram publicados recentemente no American Journal of Obstetrics and Gynecology.
“Nosso estudo demonstra os benefícios claros da vacinação contra Covid-19 para mulheres grávidas e seus bebês”, disse o neonatologista e coautor do estudo Jagjit Teji, em comunicado à imprensa. “Como o efeito protetor da vacinação contra a Covid-19 diminui com o tempo, para garantir que os recém-nascidos estejam protegidos ao máximo contra a Covid-19, as mulheres devem receber uma vacina ou dose de reforço no máximo 14 semanas antes da data prevista para o parto.”
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Para chegar a essas conclusões, o estudo envolveu 40 hospitais em 18 países, incluindo o Brasil, além da Argentina, Egito, França, Indonésia, Israel, Itália, Japão, México, Nigéria, Macedônia do Norte, Paquistão, Espanha, Suíça, Turquia, Reino Unido, Uruguai e Estados Unidos.
Além disso, os participantes do estudo — os recém-nascidos — foram recrutados nas áreas de enfermagem materna, neonatal e de cuidados intermediários do Northwestern Medicine Huntley Hospital, em Illinois, nos Estados Unidos. O estudo também incluiu pesquisadores do hospital infantil Ann & Robert H. Lurie, em Chicago, considerado um dos melhores hospitais infantis dos Estados Unidos pela US News & World Report.
De acordo com os autores da pesquisa, os bebês de mães diagnosticadas com Covid não apresentavam risco aumentado de serem infectados pela amamentação ou através do contato pele com pele. Além disso, nenhum dos recém-nascidos de mães vacinadas apresentou malformação congênita.
“No geral, as nossas descobertas devem ser tranquilizadoras para as mulheres grávidas que podem estar hesitantes quanto à vacinação contra a Covid-19”, afirma Teji.
(Fonte:CNN Brasil)