A Polícia Federal encontrou resistência de um grupo de pessoas, em Parauapebas, durante uma operação desencadeada em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) que fechou, nesta quarta-feira (17), garimpos ilegais localizados na cidade e em Curionópolis, município vizinho. As atividades estavam trazendo risco às linhas de transmissão de energia elétrica.
De acordo com informações da Polícia Federal, durante a operação, houve forte resistência em Parauapebas, quando moradores de uma vila próxima aos garimpos bloquearam o acesso de uma estrada com pneus, pedras e fogo, além de lançaram rojões e pedras contra o helicóptero da instituição.
Leia mais:Contornada a situação, sete pessoas foram presas em flagrante por crimes ambientais. A ação teve apoio do Batalhão de Polícia Ambiental e do 23º Batalhão de Polícia Militar, de Parauapebas.
Foram apreendidas, ainda, duas carregadeiras, 16 motores hidráulicos, uma draga e 3 mil litros de diesel. Tendo em vista a impossibilidade de remoção, os maquinários e acessórios foram inutilizados. O prejuízo do crime com a perda desses itens é estimado em cerca de R$ 1,5 milhão.
Os pontos de garimpo ilegal de ouro foram encontrados no Rio Novo e Igarapé Gelado, em Parauapebas e Curionópolis, em uma região que foi alvo de outras operações recentes da PF.
Mais de 70 servidores, entre policiais federais e agentes do ICMBIO, se dividiram entre as operações Igarapé Gelado, Serra Leste e Rio Novo – essa última trazendo risco às linhas de transmissão da Usina Belo Monte (BMTE), que passa por quatro Estados (PA, TO, GO e MG) e abastece o Sistema Interligado Nacional (SIN), que distribui energia elétrica para todo Brasil.
O avanço do garimpo em direção às torres de transmissão traz sério risco de desabastecimento ao país.
Os outros dez pontos poluem rios que abastecem a cidade de Parauapebas e região. Conforme atestado por órgãos ambientais, a bacia hidrográfica local já apresenta alto grau de contaminação por conta do uso irregular de mercúrio. O Rio Novo é o mais agredido nos últimos anos, levando poluição ao rio Parauapebas, que fica às margens da Floresta Nacional de Carajás. (Da Redação – com informações da Polícia Federal)