Correio de Carajás

A história da Medicina

A Medicina não é apenas uma ciência; também é uma arte. Não consiste em fazer pílulas e emplastos; trata dos próprios processos da vida, que devem ser entendidos antes de poder ser guiados. Vamos iniciar 2024 com um tema médico que trata a história da medicina.

Das primeiras curas aos milagres da medicina moderna. Assim Anne Rooney lança o livro A História da Medicina, ela é uma autora em tempo integral que vive em Cambridge, Inglaterra. Ela é associada do Royal Literature Fund e membro da Royal Literature Society, Society of Authors, Scattered Authors Society e National Union of Journalists.

A história da medicina começa no mundo antigo. Na China, Índia, Mesopotâmia e Egito, os homens começaram a se especializar no tratamento dos doentes. Eles tentaram entender como os corpos funcionavam e como deixavam de funcionar bem, e chegaram a diferentes modelos e explicações.

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As narrativas da medicina chinesa e indiana seguiram trajetórias próprias e divergiram pouco nos últimos 2.000 anos de suas orientações originais. A medicina ocidental seguiu um caminho tortuoso desde suas origens na Mesopotâmia e no Egito.

A história nos levará do Egito à Grécia antiga, onde Hipócrates estabeleceu as bases da medicina moderna. De lá seguiram médicos helênicos de volta para o Egito, para trabalhar no hospital da Alexandria, e para Roma, onde encontramos Galeno e Celsus.

A cultura árabe nascente tomou o legado dos médicos gregos e helênicos e o fundiu com o que eles aprenderam da medicina indiana, egípcia e bizantina, para obter enormes avanços. A sabedoria dos médicos árabes foi transmitida de volta para a Europa pela Espanha e Itália, levando também os trabalhos dos gregos que ficaram perdidos na Europa durante mais de um milênio.

Da Renascença em diante, o Ocidente Europeu tornou-se o foco de avanços na medicina. Primeiro a Itália e depois a Alemanha, França e Grã-Bretanha produziram escolas médicas e começaram uma exploração científica sistemática do corpo humano e de suas doenças.

Com o Iluminismo, o florescimento da ciência em todas as áreas contribuiu para avanços médicos. A nova confiança no uso da razão, desafiando antigas autoridades e rompendo com tabus tradicionais e proibições religiosas, propiciou um rápido progresso. Microscópios, química, eletricidade, anestesia, assepsia, etc., esses desenvolvimentos vieram rapidamente e permitiram que a medicina desse grandes saltos.

Em pouco mais de cem anos, de 1898 até o presente, vimos o advento do raio X, a microcirurgia, transplantes, fertilização in vitro, lasers, telecirurgia robótica, engenharia genética e o mapeamento do genoma humano. Podemos fazer a mágica tão sonhada por nossos ancestrais e explicar exatamente como ela funciona.

Paracelso (1493-1541) durante milhares de anos, as pessoas buscaram formas de superar as doenças e transtornos do corpo com métodos que variavam entre encantamentos, talismãs e curas com ervas até antibióticos, vacinas e transplantes de órgãos.

A História da Medicina traça nosso progresso notável ao longo da descoberta médica. Em uma narrativa fascinante, ela descreve os principais desenvolvimentos e avanços no entendimento de nossos próprios corpos.

Os tópicos incluem: Primeiras cirurgias – quando perfurar uma cabeça para permitir a saída dos demônios era o auge da sofisticação cirúrgica. Modelos históricos do corpo e de doenças. A chave está nos corpos mortos – o papel da dissecação na descoberta médica. Diagnóstico – como os médicos aprenderam a ler os sinais de doenças. Pestes e pandemias ao longo da história.

Assim também como: Teoria do germe e contágio – descobrindo um mundo oculto. Como o corpo pode se voltar contra si mesmo. Escarificadores, sanguessugas, larvas e outros tratamentos nojentos. Farmacopeia da natureza. Enfermagem – Florence Nightingale. Estas páginas trazem também, em detalhes, as histórias de personalidades que definiram o mundo da medicina, entre elas, cientistas, cirurgiões, médicos e, evidentemente, pacientes.

 

* O autor é médico especialista em cirurgia geral e saúde digestiva.     

Observação: As opiniões contidas nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do CORREIO DE CARAJÁS.