Durante a realização do evento “Varanda da Amazônia”, nesta quarta-feira (4), no teatro Maria Sylvia Nunes, em Belém, o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas), Mauro O’de Almeida, adiantou o que vem sendo pensado pelo Executivo estadual para a COP 30, que terá como sede a capital paraense, em 2025.
“A COP não necessariamente discute florestas, mas é comum discutir emissões pela indústria, então, teremos a oportunidade de discutir as florestas, porque a floresta, o oceano e o solo são os grandes sequestradores de carbono. Porém, precisamos discutir as grandes emissões, que vêm dos países industrializados”, defendeu, como um diferencial da edição que deverá abordar a degradação de áreas verdes, entre outras discussões.
Na ocasião, o secretário destacou as políticas de implementação realizadas pelo governo estadual em prol do meio ambiente, como o Plano Estadual de Bioeconomia, que propõe um grande processo de transformação das atividades econômicas no estado.
Leia mais:O painel “Oportunidades da COP30: Da Rio 92 para a COP de Belém – contexto, perspectivas e legado” contou com a participação do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues; do diretor de Políticas Públicas do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Eugênio Pantoja; do secretário executivo do Consórcio da Amazônia Legal, Marcello Brito; e do superintendente do Sebrae Pará, Rubens Magno Jr. A mediação foi da pesquisadora e turismóloga paraense Natascha Penna.
O evento ainda trouxe as presenças das cantoras Fafá de Belém e Dona Onete e da atriz Dira Paes.
Biodiversidade – O secretário adjunto de Gestão de Recursos Hídricos e Clima da Semas, Raul Protázio, também representou o Governo do Pará no evento. No painel “A Biodiversidade merece nosso respeito”, que discutiu o papel e a responsabilidade de empresas brasileiras em setores como agro, mineração e indústria, Protázio ressaltou a relevância do envolvimento das pessoas e das organizações na agenda ambiental.
“Todos nós temos uma grande oportunidade sobre os nosso ombros. Cabe a nós resolver ou decidir a continuidade da vida como nos conhecemos. Essa geração tem a última oportunidade de mudar isso, e a descarbonização é o caminho. Temos que respeitar essa data limite, trazer isso para a Amazônia e para como as empresas podem contribuir com esse processo”, disse.
O secretário adjunto salientou que o centro-sul do Brasil tem uma relação diferente com a Amazônia e que a sensação de pertencimento precisa ser estimulada. “O Brasil precisa se reconciliar com a Amazônia e se reconheça como parte também. Precisamos aterrissar essa discussão na sociedade como um todo, e estamos no momento propício pra isso por conta das mudanças climáticas”, afirmou.