Estados Unidos e Irã libertaram nesta segunda-feira (18) cidadãos dos dois países em uma troca histórica de prisioneiros.
Nesta manhã, o Ministério das Relações Exteriores do Irã confirmou que cinco norte-americanos que estavam presos no Irã seriam libertados. A imprensa dos EUA afirmou que eles já foram levados de Teerã a Doha, no Catar, que intermediou um acordo entre os dois países.
Em troca, cinco cidadãos do Irã que eram prisioneiros nos EUA já deixaram o território norte-americano e, na manhã desta segunda, estavam a caminho de Teerã, segundo a imprensa estatal iraniano.
Leia mais:A troca acontece após dois anos de negociações silenciosas entre o governo do presidente dos EUA, Joe Biden, e Teerã.
Além de libertar os prisioneiros, Washington se comprometeu ainda a descongelar de fundos iranianos no valor de US$ 6 bilhões.
Após a troca, Biden agradeceu em um comunicado aos governos do Catar, Omã, Suíça e Coreia do Sul pela ajuda na troca.
“Agradeço especialmente ao Emir do Qatar, Xeque Tamim bin Hamad, e ao Sultão de Omã, Haitham bin Tariq, que ajudaram a facilitar este acordo durante muitos meses de difícil e íntegra diplomacia americana”, disse.
Prisioneiros
O governo dos EUA vinha argumentando que os cinco americanos foram detidos injustamente.
Segundo o acordo, os cinco americanos – que têm dupla nacionalidade -, deixem Teerã e sigam para Doha, capital do Catar, e de lá voem para os EUA.
O acordo ainda envolve a libertação de cinco iranianos detidos nos EUA. Quatro deles serão liberados nesta segunda-feira, mas um permaneceria em território americano.
Os cidadãos norte-americanos com dupla nacionalidade a serem libertados incluem Siamak Namazi, de 51 anos, e Emad Sharqi, 59, ambos empresários, e Morad Tahbaz, 67, um ambientalista que também possui nacionalidade britânica. Mais duas pessoas estão em prisão domiciliar, mas suas identidades não foram reveladas.
Os iranianos a serem libertados são: Mehrdad Moin-Ansari, Kambiz Attar-Kashani, Reza Sarhangpour-Kafrani, Amin Hassanzadeh e Kaveh Afrasiabi. Autoridades iranianas disseram, porém, que Afrasiabi permaneceria nos EUA.
(Fonte:G1)