A cantora e compositora paraense Lanara lança nesta segunda-feira (10) o segundo álbum autoral “Dói tudo aqui dentro”. Com sonoridade eclética, que aposta no R&B com elementos da música brasileira, regional e latina, o disco traz cinco faixas que passeiam pelas diferentes etapas de um relacionamento amoroso. O projeto conta, ainda, com produção musical e beats de Raikage, conterrâneo de Lanara no sudeste do Pará.
Lanara já mostrou suas diversas referências sonoras no primeiro álbum, “Ai, que dó de mim”, lançado em 2020, com influência do indie e hip hop. No novo trabalho, a cantora se aprofunda no R&B contemporâneo, que tem como um de seus principais representantes atuais, o baiano Baco Exú do Blues, uma das principais referências da paraense. “Eu adorei fazer esse álbum, porque ele incorpora os elementos de tudo aquilo que eu ouço e conseguiu captar o momento que vivo atualmente na minha vida pessoal”, conta a artista.
As cinco faixas apresentam diferentes etapas do relacionamento amoroso: partindo da paixão de início de namoro até a frustração do término e esperança de volta, chegando à superação. “Ao mesmo tempo que são relatos sinceros e íntimos, quero conduzir os nossos ouvintes nessa jornada impactante que são as relações afetivas, que podem ser quentes, pulsantes e sensuais, mas também podem ser muito dolorosas. Todo mundo já experienciou isso em algum momento da vida”, diz Lanara.
Leia mais:O novo projeto de Lanara conta com a produção musical de Raikage, que traz a união de elementos do R&B com uma sonoridade latina, regional e brasilidades. O resultado é completamente original. “Nesse novo trabalho, incluímos várias referências que nunca tínhamos explorado antes, como elementos de pagode e samba, elementos de música latina e afrobeat, e tudo isso sem perder a identidade da Lanara, pelo contrário, somando ainda mais com a riqueza de detalhes desse álbum”, avalia Raikage.
Nascida em Tucuruí, Lanara morou desde os dois anos de idade em Marabá, mas, no ano passado, mudou-se para o Paraguai. Em 2019, lançou os singles “Lado da cama”, “Liga mais tarde” e “Quinta”. O primeiro álbum, “Ai, que dó de mim”, foi um dos destaques do ano de 2020 e possibilitou à artista se apresentar em eventos como a 23ª Feira Pan-Amazônica do Livro, Parque Musical em Belém e a 3ª Edição da Mostra da Canção Paraense.
Faixa a faixa
“Ainda é novembro”: “É o carro-chefe do álbum. Ela carrega o trecho que dá nome ao álbum, ‘Dói tudo aqui dentro’. É também a primeira música que a gente produziu. Carrega elementos mais regionais, como uma flauta indígena, um tamborim a mais, canto de pássaros, uma pegada ‘natureza’. A gente sempre fala que ela é como se fosse uma ‘força da natureza’”.
“Eu sei que eu sou o amor da tua vida”: “Essa é a composição mais antiga do disco, tem uns sete anos já. Depois de passar esse tempo engavetada, eu e o Raikage resolvemos trabalhar nela novamente e colocar alguns elementos do samba. O resultado é muito gostoso de se ouvir, mas é uma música dolorosa também, com sentimentos mais intrínsecos, digamos assim”.
“Quase que a gente deu certo”: “Foi composta em 2021, um ano antes de eu me mudar para o Paraguai. Mas, com a mudança, resolvemos incorporar na sonoridade um pouco da ‘bagagem’ que é vivenciar outro país, outra cultura, o que se manifesta na pegada mais latina, bem ‘caliente’ da faixa”.
“A mais triste do álbum 2”: “O meu primeiro EP, ‘Ai, que dó de mim’, traz a música ‘A mais triste do álbum’, e nesse novo trabalho eu resolvi trazer ‘A mais triste do álbum 2’, que também é uma música um pouco mais antiga, de quatro anos. Podemos dizer que ela é uma faixa descartada do primeiro trabalho, mas que tem tudo a ver com o ‘Dói tudo aqui dentro’. Tem uma parte falada e é bem dolorosa mesmo, mas é uma música bem legal”.
“Gato solto”: “Essa foi a última que fiz e é a menos triste e mais dançante do álbum. Ela é um pouco mais voltada para a pegada funk e R&B”. (Divulgação)