Oito horas depois de ter ocorrido os dois vazamentos de amônia no Frigorífico da JBS, em Marabá, na manhã desta segunda-feira, 12, a empresa finalmente se pronunciou, e por meio de uma nota lacônica e nada explicativa.
Em nota, a JBS informou que a situação na unidade de Marabá está normalizada, e os colaboradores que precisaram de assistência médica foram prontamente atendidos e todos apresentaram sintomas leves.
“A JBS informa que a situação na unidade de Marabá (PA) está normalizada. Os colaboradores que precisaram de assistência médica foram prontamente atendidos e todos apresentaram sintomas leves”.
A empresa não cita as palavras “vazamento”, nem “amônia” e usava apenas “situação”, o que soa um descaso com a população de Marabá e com suas autoridades.
O Hospital Municipal de Marabá recebeu, ao longo do dia, 48 pacientes, colaboradores da JBS que foram vítimas do vazamento de amônia.
A Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Marabá informou, por volta das 17h30, que foram atendidas 48 pessoas no pronto socorro da casa de saúde.
“Foram acionados médicos e enfermeiros para uma ação mais rápida”, disse a nota, ressaltando que todos os pacientes foram liberados e passam bem.
Esse não é um caso isolado da multinacional, que já tem eu seu histórico diversas situações de vazamento de amônia em outras indústrias espalhadas pelo país.
Talvez por isso, a empresa tenha demorado tanto para emitir uma nota sobre o ocorrido e tenha minimizado o caso.
Em nota, o Corpo de Bombeiros Militar e Coordenadoria de Defesa Civil informaram que uma equipe do Serviço de Atividade Técnica (SAT) de Marabá deve fazer vistoria no local do vazamento.
A Polícia Civil informou que o acidente é investigado pela Seccional de Marabá e que não há registro de óbito. “Perícias foram solicitadas”, afirmou em nota.
A Promotora do Meio Ambiente, Josélia Leontina de Barros, procurada pela Reportagem do CORREIO, informou que pediu perícia do Centro de Perícia Científica Renato Chaves, além da Secretaria de Meio Ambiente.
(Ana Mangas)