A primeira turma do curso de Especialização em Transtorno do Espectro Autista: Intervenções Multidisciplinares em Contextos Intersetoriais, ofertado pela Universidade do Estado do Pará (Uepa), no município de Marabá, recebeu a certificação na última quinta-feira (30). O projeto é pioneiro no Pará e contribui com a formação continuada de profissionais qualificados para o atendimento e a inclusão de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
A implantação dessa Especialização na Uepa surgiu como impulso para o processo de avanço científico e de posicionamento das instituições envolvidas na discussão das questões de ordem social e de atenção aos direitos da pessoa com TEA. A formação possibilitou uma participação mais efetiva da universidade no que diz respeito à qualificação de profissionais das diversas áreas de conhecimento.
Vinculado ao Núcleo de Educação Popular Paulo Freire (NEP), o curso foi coordenado pela professora Scheilla Abbud, do Departamento de Educação Especializada (Dees) do Centro de Ciências Sociais e Educação da Uepa. A professora ressalta que um dos diferenciais do curso foi o fato de receber profissionais de diversas áreas do conhecimento.
Leia mais:Ao implantar a especialização, a Uepa atende à Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, instituída pela Lei nº 12.764/2012, bem como à Política Estadual de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, instituída pela Lei nº 9.6061/2020.
O recurso financeiro para o desenvolvimento da especialização é proveniente de emenda parlamentar compartilhada entre 23 deputados estaduais.
REPERCUSSÃO
Os agora especialistas são pura felicidade de terem alcançado esse título e comemoram o fato de poderem se inserir numa área cada vez mais demandada da educação.
É o que comenta Ana Caroline dos Santos Oliveira, 26 anos, aluna da primeira turma: “É uma sensação incrível. Participar desta especialização foi um sonho, por que eu já vinha desenvolvendo estudos na área da educação especial desde a minha graduação. E ao participar, mesmo num momento atípico, de covid-19, com aulas remotas, sentimos o envolvimento de todos os professores e colegas”.
Outra especialista é a pedagoga Alessandra Nunes, professora da Sala de Recursos Multifuncionais de Marabá. “Estou extremamente feliz. Como eu já sou professora da Sala de Recursos e já atendemos uma demanda de alunos autistas, então só tem a somar”, comemora.
Danielle Rodrigues Monteiro, coordenadora da Uepa em Marabá, destaca o curso como uma conquista. “Estamos certificando hoje 77 profissionais em especialização em TEA. Foi uma contribuição tanto do Estado, quanto das entidades educacionais. É uma conquista de muitas mãos, tivemos uma grande demanda”, comemora. (Da Redação | Colaborou: Emilly Coelho)