Correio de Carajás

Chefe do tráfico no Pará e mais 10 morrem em operação policial no RJ

Operação de Bope, Core e policiais do Pará mirava Leonardo Costa Araújo e outras lideranças de facção criminosa que aterroriza a Zona Oeste do Rio. Há relatos de duas moradoras idosas feridas.

Veículo blindado em operação no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo — Foto: Reprodução

Uma operação das polícias Civil e Militar no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio, deixou ao menos 11 mortos, segundo a Polícia Militar. Há relatos de feridos, entre elas duas moradoras idosas, e de intensos tiroteios.

Um dos mortos era o alvo principal da ação, Leonardo Costa Araújo, o Leo 41. O traficante é apontado como o chefe do tráfico de drogas no Pará e estava foragido desde 2019.

A identificação dos outros mortos não foi divulgada até a última atualização desta reportagem, quando ainda havia relato de confrontos.

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Segundo a polícia, Leo 41 é um dos responsáveis por uma série de ataques que mataram, desde 2021, vários agentes de segurança pública no estado do Norte do país.

Leo 41, um dos chefes do tráfico de drogas do Pará — Foto: Reprodução
Leo 41, um dos chefes do tráfico de drogas do Pará — Foto: Reprodução

polícia também busca outros chefes do Comando Vermelho do Rio que orquestraram e participam da guerra que atinge comunidades na Zona Oeste do Rio e do assalto ao Village Mall, na Barra da Tijuca, quando um segurança foi morto. Há mandados de prisão e de busca e apreensão.

Cinco blindados e dois helicópteros dão apoio à ação, que conta 80 homens da Subsecretaria de Inteligência (RJ); do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Militar; da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da Civil; e policiais do Pará.

Moradores dizem que os tiroteios aconteceram principalmente nas regiões de Itaoca e Palmeiras. Escolas municipais e os postos de saúde 1 e 2, no bairro Palmeiras, foram fechados.

Ao menos dois fuzis foram apreendidos, por PMs.

Comunidades que integram o Complexo do Salgueiro — Foto: Reprodução
Comunidades que integram o Complexo do Salgueiro — Foto: Reprodução

Escondido em comunidades do RJ

 

Segundo a investigação, Leo 41 assumiu a chefia da facção no Pará após a prisão de Claudio Augusto Andrade, o Claudinho do Buraco Fundo, em setembro de 2020.

Desde então, de dentro das comunidades do Grande Rio, coordenava um plano de expansão da organização com a compra de armas e munições, financiada por tráfico de drogas, roubo, extorsões, sequestros e cobrança de valores mensais dos integrantes da organização criminosa.

Desde que assumiu o comando, o traficante vivia uma vida luxuosa nos morros da cidade, patrocinado por suas ações criminosas e pela própria organização, que em sua gestão passou a arrecadar volumes altos de dinheiro com tráfico e extorsões de comerciantes, jogos de azar, provedores de internet.

Leo 41 já foi indicado por seis crimes, incluindo latrocínio, e é investigado em outros 15.

(Fonte:G1)