Correio de Carajás

GM, Hyundai e Stellantis param fábricas e dão férias coletivas

Queda nas vendas, em um momento de desaceleração da economia, e falta de componentes levam montadoras a readequarem seus planos de produção

CFOTO/Future Publishing via Getty Images

Algumas das principais fabricantes de veículos que atuam no país decidiram suspender suas linhas de produção e dar férias coletivas aos funcionários a partir desta segunda-feira (20/3), segundo o jornal O Estado de S. Paulo.

General Motors (GM), Hyundai e Stellantis (dona das marcas Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën) continuam sofrendo com a escassez de componentes e a queda nas vendas durante os últimos meses, devido à desaceleração da atividade econômica no país.

A partir desta segunda, a Hyundai concede férias coletivas de três meses para os trabalhadores da unidade de Piracicaba, no interior de São Paulo. A fábrica produz os modelos HB20 e Creta.

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Na quarta-feira (22/3), será a vez de a Stellantis dispensar por 20 dias os funcionários do segundo turno de trabalho na fábrica da Jeep em Goiana (PE). Na semana que vem, os operários do primeiro e terceiro turnos serão liberados para férias por 10 dias, o que interromperá toda a produção de SUVs Renegade, Compass, Commander e da picape Fiat Toro.

Entre os dias 27 de março e 13 de abril, a General Motors suspenderá a produção da picape S10 e do SUV Trailblazer na fábrica de São José dos Campos (SP).

No mês passado, a unidade responsável pela produção das marcas francesas Peugeot e Citroën encerrou o segundo turno de trabalho em Porto Real (RJ) e dispensou antecipadamente 140 funcionários que tinham contratos temporários.

De acordo com as montadoras, as medidas se devem à redução da demanda no mercado, o que levou à necessidade de uma readequação dos níveis de produção.

Em 2019, o Brasil registrou 2,8 milhões de veículos vendidos. Em 2022, foram 2,1 milhões de unidade (-25%).

A indústria automobilística brasileira já vinha sendo atingida pela falta de semicondutores, o que fez com que cerca de 630 mil veículos deixassem de ser produzidos no país nos últimos dois anos.

(Fonte: Metrópoles)