Correio de Carajás

Homens viram modelos de lingerie feminina na China, após mulheres serem proibidas

Governo chinês baniu a possibilidade de modelos femininas mostrarem o corpo durante transmissões ao vivo

Foto: Reprodução

Empresas especializadas em venda de lingerie via transmissões ao vivo tiveram que inovar na China, após o país instaurar uma nova censura que proibiu mulheres de exibir o corpo em plataformas online. A solução encontrada pelos empreendedores foi substituir as modelos femininas por homens. As imagens de rapazes usando sutiãs e bodies sensuais em lives de varejo viralizaram.

Um dos empresários que recorreu à alternativa foi Sr. Xu, que costuma usar os aos vivos para divulgar as peças do estoque da sua loja. “Pessoalmente, não temos nenhuma escolha. As peças não podem ser usadas por nossas colegas mulheres, então usamos nossos colegas homens para exibi-las”, explicou entrevista ao portal Jiupai News.

Recepção do público foi diversa
Foto: reprodução

Outros empreendimentos do setor seguem a mesma ideia. Em dezembro, ao escolher um modelo para usar um robe sensual de cetim durante uma transmissão ao vivo, o vídeo do negócio do Sr. Xu acabou viralizando na rede social popular chinesa Douyin, e atingiu milhares de visualizações.

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A recepção dos usuários da plataforma é diversas. Enquanto um deles aprovou a alternativa, comentando que o modelo masculino vestia a peça melhor que uma garota, outro provocou perguntando porque ele não terminava de tirar a roupa, conforme informações do jornal New York Post.

Se fosse uma modelo, a live seria banida o tempo todo. Não é como se isso não tivesse acontecido antes. Isso ainda é tirar das mulheres oportunidades de emprego”, apontou uma internauta.

O setor de venda de artigos via transmissões ao vivo está em ascensão na China. Segundo a plataforma especializada em dados sobre mercado e consumidores Statist, estima-se que os comércios online baseados em live faturem cerca de 4,9 trilhões de yuan (aproximadamente R$ 3,69 trilhões) em 2023 — valor é quase o dobro do número de 2021.

(Fonte: Diário do Nordeste)