Correio de Carajás

Professores de Marabá exigem abertura da “CPI da Educação” e ameaçam entrar em greve

Segundo o Sintepp, a dívida com os profissionais está chegando aos R$ 100 milhões

Professores exigem abertura da CPI e pedem mediação do Poder Legislativo nas tratativas das pendências

Grande parte dos professores da rede pública municipal compareceu, na manhã desta quarta-feira (1), no Plenário Tiago Koch, da Câmara Municipal de Marabá, para exigir a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI da Educação.

Segundo a coordenação do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Pará (Sintepp), a dívida da Prefeitura de Marabá está chegando nos R$ 100 milhões.

“Ano passado o governo discutiu com o sindicato e a categoria acabou recuando, no sentido de dar um desconto, para que, a partir daí, se pagasse com uma entrada e em poucas parcelas. Mas, o governo fez uma alteração dessa proposta que ficou muito rebaixada, fora que um grupo iria receber só em 2024. Então, viemos aqui, nesta Casa de Leis, exigir que seja instaurada e investigada essa situação. Que a sociedade marabaense receba uma reposta sobre essa dívida com o dinheiro público”, diz Tatiana Alves, coordenadora do Sintepp.

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“Pode ser que até o dia 14 de março se delibere pela greve”, afirma Tatiana Alves, coordenadora do Sintepp

Ao fazer uso da tribuna, Tatiana exigiu que os vereadores façam uma mediação em relação às pautas pendentes da categoria, como o pagamento do retroativo das progressões verticais e promoções sociais, e o reajuste do piso salarial da categoria, que está acumulado em 38,19%.

“O governo municipal precisa sentar, de forma oficial, com a equipe do sindicato para fazer a negociação, porque a categoria aprovou no dia 14 de fevereiro o ‘estado de greve’, já construindo uma agenda de lutas. Então, pode ser que até o dia 14 de março se delibere pela greve”.

Vereadores ouvem atentamente as pautas levantadas pelos professores

Para o sindicato, o pedido da abertura da CPI é legal e deve ser feito, pois envolve recurso público. “É uma pauta muito séria, atrelada a muito dinheiro. A Câmara precisa se preocupar com essa causa, mesmo o vice-prefeito tendo dito que não há motivo para se instalar uma CPI. Existe sim. Precisamos de resposta. Como a Prefeitura pretende pagar essa dívida? Que o governo possa apresentar uma proposta razoável e que seja bom para as duas partes. Nós estamos abertos ao diálogo e à negociação. Só falta o governo querer conversar”, finaliza Tatiana. (Da Redação)