Correio de Carajás

Largou a banca para vender o jornal de porta em porta

Jornaleiro carismático, Renato Mota revela como fez para multiplicar a venda do Jornal Correio em Marabá e região

– Renato, durante entrevista ao Correio: “Enquanto tiver jornal impresso, eu quero ficar aqui”

Há oito anos distribuindo o Correio pelas casas dos leitores, Renato da Silva Mota, vendedor de jornais, detalha sua vivência com o periódico durante uma entrevista realizada em nossa redação nesta semana.

“Eu tinha uma banca de revistas e havia um rapaz, o seu Pimentel, que levava jornais para mim”, relembra o vendedor. Ele conta que a cada edição, apenas sete exemplares eram deixados em sua banca e apesar da pouca quantidade, ele mal conseguia vender três. Perspicaz, logo percebeu que teria muito mais sucesso vendendo de porta em porta. Aos poucos sua cartela de clientes e suas vendas foram crescendo.

Para Renato, a sensação de ter o impresso em mãos é mais gostosa do que ler as notícias na internet: “Tem a versão na internet, eu sei e os leitores também, mas o pessoal gosta muito do jornal (impresso). O pessoal gosta de fofoca”, explana, sorrindo.

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“A página policial é a que tem mais destaque, se tirar ela acabou a venda de jornal. Essa parte de homicídio é a que chama mais atenção ainda”, explica, lembrando uma das matérias de 2022 que causou muita repercussão na cidade e na região. “O caso desse dono do posto (São Bento), que foi morto recentemente, eu vendi jornal praticamente três dias seguidos. Levei a primeira remessa e o pessoal pediu mais, levei a segunda, a terceira. Em Itupiranga, por exemplo, quando cheguei lá o pessoal já estava me esperando”.

Atualmente, além de Marabá, Renato distribui o Correio no município vizinho, toda quarta-feira. Seu plano é estender esse alcance para Parauapebas. “O interesse da gente é levar a informação para a população, porque cobram mesmo. Eles sabem o dia que o jornal passa, o horário. Quando sai um assunto de interesse da sociedade, a venda de jornais sobe. Se tivesse jornal todo dia, eu venderia todo dia”, garante.

O jornaleiro também distribui um dos jornais da Capital, aos domingos. Mas o carro chefe de suas vendas é o Correio, é ele que a população deseja e consome com grande apetite. “A preferência é pelo Jornal daqui. Porque o da Capital só traz notícia de Belém para frente”.

Em sua bicicleta, Renato vende mais jornal do que nos tempos em que tinha uma banca

Renato percorre as ruas da cidade de Marabá montado em uma bicicleta e a clientela já aguarda o jornal chegar. Além de vendedor e leitor, ele tem uma relação de porta voz com o Correio e gosta de conversar com a equipe de reportagem, seja na Redação ou onde encontra os profissionais. Ele traz para a equipe de reportagem os anseios – e até acontecimentos factuais – de seus clientes, colaborando com o trabalho feito por esse veículo. “Enquanto tiver jornal eu quero ficar aqui”, finaliza. (Luciana Araújo)