A morte de Pelé não deve ser vista, para nós amantes do futebol, como um momento apenas de tristeza, mas devemos saborear as boas lembranças que o Rei do Futebol deixou: em cores e preto e branco.
Não me canso de assistir aos gols, aos dribles e principalmente às histórias contadas por aqueles que viveram aquele outro momento do futebol. É lógico que a velha guarda dá uma inflacionada nos causos, mas quem não daria?
E antes que falem sobre questões políticas (como a falta de compromisso mais firme contra o racismo) ou situações pessoais (como o não reconhecimento de uma de suas filhas), digo que todas essas críticas são válidas e temos direito a fazê-las. Mas pense: Edson Arantes do Nascimento morreu, não está mais aqui para se defender. Deixem-no descansar em paz!
Leia mais:Cada um de nós tem direito a ter opiniões sobre o homem, o atleta, o mito Pelé. Mas uma coisa é fato: ele inovou o futebol, ganhou três Copas do Mundo, marcou 1.282 gols. É um fato (Ponto).
Ele não era melhor driblador que Garrincha, nem Messi; nem melhor cabeceador que Dadá Maravilha, nem tão cerebral quando Cruijff, Zidane e Zico; nem tirava coelhos da cartola como fazia Maradona. Mas conseguiu ter todas essas qualidades juntas.
Quem foi capaz de parar uma guerra? Quem fez um juiz que o expulsou ser retirado de campo? Quem inspirou personagem de gibi? Quem se tornou a pessoa mais famosa do mundo em uma época em que não havia Internet em larga escala como hoje? Só ele!
Pelé escreveu para sempre o seu nome na história da humanidade.
Pelé: para sempre!
Por Chagas Filho.
Observação: As opiniões contidas nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do CORREIO DE CARAJÁS.