A ex-deputada Flordelis foi condenada a 50 anos e 28 dias de prisão pela morte de seu marido, o pastor Anderson do Carmo. O julgamento foi encerrado neste domingo (13).
Anderson do Carmo foi executado a tiros na casa da família em 2019 e Flordelis foi denunciada como mandante do assassinato. O Tribunal do Júri julgou a ex-deputada e sua filha biológica Simone dos Santos como culpadas por orquestrarem a morte do pastor.
FILHOS DE FLORDELIS
Simone dos Santos recebeu a pena de 31 anos de prisão. Os filhos afetivos Marzy Teixeira da Silva, André Luiz de Oliveira e a neta Rayane dos Santos Oliveira foram absolvidos de todos os crimes.
As sentenças foram proferidas pela juíza Neris dos Santos Carvalho Arce após 6 dias de julgamento e pouco mais de três anos após o crime. Familiares da ex-deputada que acompanhavam o julgamento entraram em desespero durante a leitura do documento. Flordelis está presa desde o dia 13 de agosto de 2021.
SUPOSTO ABUSO
Em depoimento no último sábado (12), Flordelis havia negado o crime e relacionado a morte do pastor a supostos abusos que ela sofria dentro de casa.
Entre soluços e choro, Flordelis contou detalhes sobre supostas agressões e abusos cometidos durante o sexo. “Ele me batia. Alguns filhos entravam na frente. Ele só parou de me bater quando um pastor muito amigo dele me tirou do quarto e se colocou para conversar com ele a sós (…) Depois, ele voltou a ficar agressivo, na área sexual. Ele só sentia prazer se me machucasse – e me machucava. Ele só chegava às vias de fato se me machucasse.”
Apesar dos abusos por parte do marido, Flordelis conta que “morreu junto” com Anderson. “Metade da Flordelis morreu junto. Eu morri junto.” Chorando, ela disse que não tem que pagar pelos erros de ninguém e reforçou mais uma vez sua inocência.
“Eu não tenho que pagar pelos erros de ninguém. Há três anos estou pagando por uma coisa que eu não fiz. Eu estou sendo chamada de mandante do assassinato da pessoa que eu mais amei nessa vida.”
Flordelis respondia por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada. Marzy, André e Simone respondiam por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio e associação criminosa armada; e Rayane, por homicídio triplamente qualificado e associação criminosa armada.
(Fonte: Diário do Nordeste)